O R&B sempre fez parte do arcabouço artístico de BAEKHYUN. É estranho dizer isso, porque muitas pessoas têm uma visão ocidentalizada do gênero como parte de um universo pop que tem pouco a ver com o k-pop.
Porém, na verdade, o R&B se encaixa no pop sul-coreano tão bem quanto qualquer outro espaço no mundo hoje. Os temas de amor, as faixas comandadas por vocais surreais e as raízes sentimentais de baladas que vêm do trot — um estilo tradicional de música pop coreana — acabam trazendo o R&B ainda mais perto do k-pop.
Hello, World e o quão longe BAEKHYUN pode ir
É justamente dessa combinação de fatores que BAEKHYUN parece se beneficiar. Sempre mantendo sua abordagem estética ao gênero, que hoje se curva diante dele e de seu sucesso inexplicável.
Hello, World é, no entanto, o mais longe que BAEKHYUN foi em suas explorações. Momentos como “Rendez-Vous”, cujo aceno à bossa nova é destacado por um controle vocal quase irreal, aprofundam a conexão entre estilos que somente o k-pop, sob artistas como ele, pode reproduzir.
Conclusão
A imensa força de BAEKHYUN em dominar o R&B no k-pop é talvez o mais clichê que Hello, World pode propor. Em momentos mais ousados, como contrapartida a isso, temos “Woo”, com um piano ressoando a melodia alimentada por batidas sedutoras. Assim, lembra diretamente uma das melhores músicas do EXO, “Sweet Lies”.
É, portanto, o trabalho mais meticuloso de BAEKHYUN em termos de suas intenções de parecer próximo de si mesmo e próximo de seus fãs. Não há dúvidas de que esse apelo funcionou. É o seu disco mais confiante, mas também o mais incerto devido a questões contratuais envolvendo a empresa SM – uma divisão perfeita entre estar fora e dentro da sua zona de conforto ao mesmo tempo.