O SUCO vem com uma onda de jogos fofos, e hoje lhes apresento Giraffe and Annika, jogo multiplataforma publicado pela NIS America e desenvolvido por Atsushi Saito. A versão que joguei foi a de Nintendo Switch, na maioria das vezes na forma mobile, sendo no dock para testes de desempenho.

Na trama temos Annika, uma jovem que foi parar na ilha de Spica e que não possui nenhuma lembrança de seu passado. Com ajuda dos habitantes da ilha – muitos deles antropomórficos, devemos encontrar três fragmentos especiais e assim descobrir nossa origem!

Nossa jornada começa na Ilha de Spica

Como num padrão ISEKAI de ser, acordamos e não sabemos de nada o que está rolando. Logo de cara devemos explorar a ilha e não demora muito para nos acostumarmos com os botões e jogabilidade. São bem simples, e tirando uma ou outra vez que temos algumas batalhas rítmicas, o jogo baseia-se em PULARMOS daqui pra lá, às vezes nadamos… e só.

E quem é Giraffe? Bem, é um mocinho que vai nos ajudar e nos dá dicas de como passar por áreas, bem como dar a liga de transições de mapas. Nada muito complexo, os terrenos são simples, mas funcionam dentro da proposta do game. Depois de passar uma dungeon ou pegar uma chave, liberamos novas áreas e assim continua até o término do jogo, que não deve passar de mais de 6 horas de jogatina.

As batalhas rítmicas são demais!
Vai encarar a bruxa?

Conceito Artístico

O que mais me chamou a atenção no jogo foi com relação as artes de alguns itens e os “mangás animados” de quando estamos falando com algum NPC ou passando por um momento de importância no jogo.

Meu único problema por aqui é de que ele não é tão polido quanto deveria ser. As cores são um tanto chapadas demais e a falta de partículas/efeitos na tela é uma problemática a mais. Sabemos, com diversos outros jogos que o Switch tem poderio para tal, mas vendo outros vídeos em outras plataformas, vi que é uma questão estética e de programação do próprio jogo.

Enfim, enquanto temos artes bem chamativas e kawaii em itens e cenas de transição animadas, a gameplay não acompanha essa beleza em Giraffe and Annika.

Dando rolê na tartaruga!
Há também lugares soturnos!
Dona coelha e seus MUITOS filhos :3

Aventura Mágica e Family Friendly

O melhor momento da gameplay em Giraffe and Annika é quando adentramos uma dungeon. Diferente da monótona ilha, são nas dungeons que temos contato com mais tipos de mecânicas, contato com inimigos, puzzles e claro, a batalha ritmica contra o chefão, onde similar a um Guitar Hero ou Rock Band, o jogador deve desviar dos golpes do inimigo e contra atacar quando possível.

Esta inconsistência de dinamismo do jogo (ilha monótona e dungeon frenética) traz certas frustações, pois caso você se perca ou não consiga avançar na história – não há indicadores de missão – a vontade para a desistência na jogatina cresce.

Com relação ao replay e exploração, há colecionáveis espalhados pelo mapa e são bem vindos à amantes dos gatos, já que muitos são quadros de ilustrações destes bichanos. Apesar disso, são itens que apenas agregam a “barra de fofura” do jogo e não adicionam um real proveito ao jogador, seja em mecânica ou história.

Giraffe and Annika pode ser recomendado para todas as idades, não há um clima pesado, sangue ou mesmo mortes, já que nem mesmo “matamos” um inimigo, apenas o evitamos. Mesmo assim, é um jogo confuso, de roteiro não muito linear, o que acaba dificultando se você não está habituado com o idioma inglês.

Caso apareça por uma boa promoção, é um jogo que vale pelas fofurinhas e pela aventura mágica e misteriosa que não deve se alongar muito num sábado a tarde.