Devido aos diversos problemas de saúde que enfrenta desde criança, Chloe, protagonista de Fuja, vive isolada da sociedade e sob os cuidados de uma mãe superprotetora, ela vê a sua vida tomar um rumo inesperado quando começa a desconfiar do comportamento de sua mãe.
Essa é a história do suspense/thriller da Netflix, dirigido por Aneesh Chaganty e estrelado por Kiera Allen (Chloe) e Sarah Paulson (Diane), lançado em 2021. O filme, que possui 1h e 29min, é intenso do começo ao fim. Com uma cenografia digna de um filme de suspense, e uma iluminação sombria. A falta de cores vibrantes e o tempo nublado durante toda a trama evidenciam o tom sombrio.
Logo no início do filme, vemos Chloe à espera de uma resposta da faculdade de seus sonhos. Não demora muito para que ela perceba que sua mãe está agindo estranho, e que sempre pega as correspondências antes da filha.
Certo dia, após Diane voltar do supermercado, Chloe, que estava mexendo nas compras, acaba encontrando um frasco de remédios com o nome de sua mãe. A personagem de Kiera a questiona sobre o remédio, mas Diane logo tratou de desconversar, o que fez com que as desconfianças da jovem aumentassem.
Ao longo do filme, as ótimas atuações de Sarah Paulson e Kiera Allen chamam atenção. Em certas cenas, onde nada é dito, é possível sentir toda tensão, desespero e angústia apenas com os olhares das atrizes. As cenas em que Chloe tem crises de asma e consequentemente vai perdendo o ar, faz com que quem está do outro lado da tela tenha a mesma sensação.
Fuja é mais um filme que mostra o quão doentia pode ser a relação entre pais e filhos, ainda mais quando um deles tem comportamentos psicopáticos. O que descobrimos sobre Diane ao longo do filme, deixa o final um pouco mais surpreendente e a postura que a jovem tem após tudo que a mãe fez ser descoberto é um tanto quanto inesperado.