O objetivo da equipe de desenvolvimento de Final Fantasy XVI era claro: criar um jogo que fosse grandioso e acessível aos jogadores mais maduros e não familiarizados com a franquia. Dito isso, o roteirista Kazutoyo Maehiro não teve medo de abraçar essa identidade.
Assim, Final Fantasy XVI quebra barreiras ao apresentar tópicos sociais e orientação sexual de forma orgânica. Além de muita brutalidade como nenhum outro título da franquia.
Este é um jogo ambicioso e maduro que jogadores de todos os níveis de experiência podem apreciar. Ainda, quebra barreiras apresentando uma história e um mundo envolventes.
Final Fantasy XVI Enredo
No continente de Valisthea os Eikons, espíritos poderosos os Dominantes convocam, dominam as nações. Nesse contexto, Clive Rosfield é o filho primogênito do arquiduque de Rosaria, uma das nações de Valisthea. Ele treinou desde a infância para se tornar um Cavaleiro Dominante, mas seu irmão mais novo, Joshua, é quem se manifesta como o Dominante de Fênix.
Então, Clive é forçado a abandonar seu sonho de se tornar um Cavaleiro Dominante se torna o escudo de Joshua. No entanto, sua vida muda para sempre quando Ifrit, um Eikon das trevas, ataca Rosaria.
A jornada de Clive começa com uma batalha épica entre dois Eikons de fogo, Fênix e Ifrit. Clive é um espectador impotente enquanto seu irmão, o Dominante de Fênix, é morto por Ifrit. Esse evento traumático transforma Clive em um homem consumido pela vingança.
Linha do tempo
A história de Clive acontece em dois tempos. O presente, em que Clive está em seus vinte e oito anos, e o passado, quando ele tem dezesseis e é um jovem aprendiz de cavaleiro.
Sendo assim, os flashbacks do passado são jogáveis e revelam eventos cruciais que moldaram o protagonista e o seu mundo. O primeiro salto temporal é bem estruturado e ajuda o jogador a entender o contexto da história.
No entanto, o segundo salto tempora é mais brusco e não preenche todas as lacunas da trama. Isso pode deixar alguns jogadores confusos, especialmente aqueles que adoram a história de Valisthea.
Apesar disso, o segundo salto temporal não afeta negativamente a construção da história. Ele apenas adiciona um elemento de mistério e suspense que mantém o jogador interessado.
Pontos fortes
Final Fantasy XVI é uma história de vingança, redenção e esperança. Uma jornada épica que leva Clive por todo o continente de Valisthea, onde ele deve enfrentar seus próprios demônios e salvar o mundo.
Desde o início do game, Final Fantasy XVI nos mostra que veio para trazer uma experiência sonora orquestral verdadeiramente incrível. Inclsuive, isso é, sem sombra de dúvidas, um dos pontos mais deslumbrantes do jogo. Composições que nos guiam através dessa jornada em que cada nota parece capturar a essência da narrativa e mergulhar o jogador.
Além disso, não é só a música. Também, não podemos deixar de citar o espetáculo gráfico que o jogo traz. Acho que principalmente as batalhas são um show à parte, assim como, é é claro, as cerca de 11 horas de cenas de animação que abraçam o enredo te deixando cada vez mais submerso na história.
Pontos fracos
Enquanto a história principal é tudo isso, as missões secundárias são chatas, curtas e repetitivas. Eu fiz algumas e logo vi que eram basicamente todas iguais e parei.
Por mais que a gente saiba que essas missões são para ajudar o personagem a subir de níveis, não dá um pingo de vontade de realizar as quase 100 missões secundárias — número que foi confirmado em entrevista pelo diretor criativo Kazutoyo Maehiro. Então, só digo boa sorte para quem for se aventurar em platinar o jogo.
Uma outra coisa que eu achei bem tosca foi o mapa. Confuso, com poucos pontos de fast-travel, pequeno e bem entediante. Yoshida, o produtor de Final Fantasy XVI, já havia dito que o jogo não seria de mundo aberto e, conforme vamos descobrindo as regiões, liberamos os obeliscos de viagem-rápida.
Nesse caso, o jogo foi dividido em diversas regiões, cada uma com seu próprio mapa semiaberto. Além disso, o jogador pode revisitar as regiões através do mapa-múndi, em momentos determinados pelo decorrer da história principal. Só aí que podemos explorar os locais do jogo como bem entender.
De qualquer forma, a possibilidade de revisitar as regiões também é um ponto positivo. Isso permite que o jogador explore os locais do jogo com calma e sem se preocupar em perder nada.
Conclusão
A história de Final Fantasy XVI é cheia de reviravoltas emocionantes e é pra você que procura uma experiência que vai além da diversão. Portanto, prepare-se para ser envolvido em um mundo onde a música e a arte gráfica se unem para criar um jogo maravilhoso.
E eu preciso fazer um adendo aqui, para exaltar a música-tema, composta pelo artista japonês Kenshi Yonezu, intitulada “Tsuki Wo Miteita – Moongazing”, que virou uma das minhas favoritas do momento, por ser simplesmente maravilhosa! Confira:
*ATENÇÃO ESTE CLIPE CONTÉM SPOILERS DE FINAL FANTASY XVI*