No final de julho, chega às livrarias e bancas “Comunhão”, HQ com roteiro de Felipe Folgosi. Misturando suspense e thriller psicológico, a história se passa no Brasil, durante uma corrida de aventura e é contada pelos olhos de Amy, uma ex-corredora de aventura que se vê às voltas em uma trama de muito suspense e ação.
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A publicação é uma parceria com o Instituto de Quadrinhos – polo de criação, animação e ilustração, fundado por Klebs Junior. A arte de “Comunhão”, toda em preto e branco, ficou a cargo do desenhista maranhense JB Bastos, especialista no gênero, que já trabalhou em títulos como “Night Trap” e “Knight Rider” para a Lion Forge e “Black Bag” para Legendary Comics.
Folgosi desenvolveu inicialmente o roteiro de “Comunhão” para o cinema, mas escolheu a trama para ser seu novo projeto em quadrinhos ao perceber seu imenso potencial gráfico. “Consegui juntar elementos suficientes para criar uma história plausível partindo de uma premissa histórica, mas mergulhando no lado mais sombrio do ser humano, o que cada um é capaz de fazer para sobreviver. Claro que tudo isso com muita ação, violência e gore”, conta.
O enredo começa quando um time de corrida de aventura, após uma prova, decide fazer uma trilha longe dos olhares da mídia e da organização. Eles acabam se deparando com uma tribo perdida, dominada por um reverendo misterioso com um passado suspeito. A história é contada pela perspectiva da Amy. Ela é uma das melhores corredoras do mundo, mas depois de um grave acidente fica traumatizada, para de correr e passa a coordenar a equipe do irmão, Mark.
Esta não é a primeira incursão de Felipe no mundo dos quadrinhos. Sua primeira HQ, “Aurora”, obra de ficção científica lançada em 2015, também foi feita em parceria com o Instituto de Quadrinhos. A revista concorreu em quatro categorias no prêmio HQ MIX, o “Oscar” dos quadrinhos nacional.
“Como fã do gênero, penso que as melhores histórias partem de premissas reais combinadas de forma inusitada e levadas às últimas consequências, misturadas com as convenções clássicas do gênero que o leitor espera encontrar, mas sempre de forma inusitada, para surpreender o público”, explica o autor, que escreveu o roteiro em 2006. “Foi meu segundo longa. Não queria que fosse apenas um filme de slasher, então procurei incluir temas que me interessam, como a natureza do mal, sobre como a religião pode ser deturpada e como pessoas que passaram por tragédias terríveis conseguem continuar acreditando na vida ”, explica.