Fale Comigo, filme de terror dirigido pelos irmãos Danny e Michael Philippou, estreia dia 17 de agosto. O longa-metragem segura firme o espectador e é capaz de arrastá-lo até a ponta da cadeira, roendo as unhas do que pode acontecer a seguir.

Confira agora o review do Suco de Mangá sobre o filme.

Sobre o que é Fale Comigo

Sabe lá quando os cineastas começaram a usar jovens fazendo bagunça como ferramenta narrativa no gênero de terror. É um verdadeiro clichê que está presente em Fale Comigo, e talvez não agrade a todos, mas está longe de estragar a experiência.

Mia (Sophia Wilde), protagonista do filme, vai a uma festa e, em um misto de coragem e incentivo dos outros jovens, decide apertar sinistra mão do filme. Como resultado, espíritos tomam conta do corpo dela e podem conversar com os outros. Por precaução, apenas por 90 segundos.

Fale Comigo
Imagem Divulgação

Tudo é lindo e maravilhoso e várias gravações são feitas para as redes sociais. Entretanto, Riley (Joe Bird), mesmo sem o aval de Jade (Alexandra Jansen), sua irmã mais velha, entra na “brincadeira” e a situação sai do controle.

A mãe da protagonista se manifesta e Mia quer conversar com ela, mas isso faz com que ele fique mais 90 segundos “ao dispor” de outros espíritos. Após o período, outra entidade, menos dócil, também se manisfeta e Riley é gravamente ferido.

Com o uso de fortes imagens e forte apelo a problemas pessoais da protagonista, o filme encaminha os acontecimentos do filme com primor.

Fale Comigo
Imagem Divulgação

Atuação e trilha sonora elevam a sensação de pavor

Pavor, medo, imcompreensão, arrependimento, saudade. Essas são algumas das emoções que as atuações latentes do impressionante grupo de jovens atores entregam e, em suma, elevam o pavor na tela.

Além disso, a trilha sonora de Cornel Wilczek é capaz de fazer você sentir uma série de emoções e sensações. “Mother” causa desconforto enquanto a percusão de “He Needs to Die” faz calafrios percorrerem o corpo — todas as músicas estão disponíveis no Spotify.

Desconforto visual

Um bom filme de terror não seria um bom filme de terror sem cenas impactantes. Pois em Fale Comigo isso não falta, desde a sequência inicial, em que essa viagem transcedental ao apertar a mão embalsamada é capaz de levar as pessoas.

Além disso, um canguru ferido e o forte uso do amarelo são alegorias e mensagens claras de que algo está errado. Ah! E, sem spoilers, mas a sequência final para saber o desfecho da história é o encerramento perfeito que mistura ansiedade com curiosidade.

Veredito sobre Fale Comigo

Fale Comigo embalsama os espectadores e deixa os sentidos à flor da pele com um terror inquietante e com ótima construção visual, além de excelente atuação. Entretanto, o uso de clichês de terror pode não agradar a todos.

REVIEW
Fale Comigo
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Rodrigo Folter
Jornalista gamer ou gamer jornalista, as duas características costumam se entrelaçar. Nasci em São Paulo e morei alguns anos no litoral antes de voltar à capital e me formar em Comunicação Social pela FIAM-FAAM. Crio conteúdo sobre games, cinema e tecnologia desde 2017 e fui co-autor do livro "Cinema Virado ao Avesso: Erotismo, Poesia e Devaneios", além de palestrar em algumas universidades de vez em quando. Nas horas vagas estou jogando viajando, jogando Overwatch, LoL ou brincando com meu gato.
fale-comigo-review-2No terror Fale Comigo, da A24, conjurar espíritos tornou-se a última moda nas festas locais e, procurando uma distração no aniversário de morte da mãe, Mia está determinada a participar da trend. Na trama, acompanhamos o grupo de amigos que encontra uma misteriosa mão embalsamada e descobre que ela permite invocar espíritos. Como é de se esperar, todos ficam muito empolgados com a nova descoberta, mas não demora muito até que a brincadeira tome um rumo extremamente perigoso quando um deles acaba indo longe demais e, por acidente, abre uma porta para o mundo espiritual. Agora, com todos altamente vulneráveis a várias ameaças aterrorizantes, cada um dos amigos será obrigado a lidar com uma difícil escolha, descobrindo em quem devem confiar: nos mortos da outra dimensão ou nos vivos.