Umi ga Kikoeru, ou como é chamado aqui no Brasil, Eu Posso Ouvir o Oceano, é um filme do Studio Ghibli, de 1993. Vocês podem conhecê-lo pelo nome em inglês também, Ocean Waves. É um drama escolar e slice of life. Tem 1 hora e 12 minutos.

Mochizuki Tomomi é o diretor do filme, conhecido por dirigir animes como Ranma ½ (primeira temporada apenas), Battery e Pupa. Uma curiosidade é que esse filme foi o primeiro do estúdio que não foi dirigido pelo Miyazaki ou o Takahata, os maiores diretores do Ghibli. Mas Mochizuki fez um bom trabalho com essa obra.

Há duas light novels dessa história, uma lançada em 1993 e a outra lançada em 1995. A primeira possui o mesmo nome e a segunda se chama Umi ga Kikoeru II: Ai ga aru ka, ou no inglês, I Can Hear the Sea II: Because There Is Love. Foi escrita pela Saeko Himuro.

O filme está no catálogo da Netflix e é uma ótima oportunidade para quem ainda não assistiu ou deseja rever essa obra. Junto dele, outros filmes estrearão, completando o catálogo do estúdio Ghibli no streaming.

eu posso ouvir o oceano ghibli

Amizade e Interior do Japão

Eu Posso Ouvir o Oceano conta a história de dois amigos, Morisaki Taku e Matsuno Yukata, que moram em Koichi, uma cidade no interior do Japão. Taku é esforçado e trabalha para conseguir seu próprio dinheiro, enquanto Yukata é dedicado nos estudos e representante de sala.

Quando uma garota misteriosa é transferida para a escola deles, as coisas começam a mudar. Muto Rikako veio de Tóquio por conta de problemas familiares e não é muito aberta com os colegas de sala.

Mas Yukata logo se aproxima de Rikako, se apaixonando por ela. Mas Rikako acaba se aproximando mais de Taku, que a ajuda quando ela mais precisa.

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Cotidiano

A relação dos três não é muito linear, com várias reviravoltas ao longo da história, mas ninguém diz como se sente em relação ao outro, o que acaba complicando as coisas.

Esse filme é, com certeza, um dos mais simples do estúdio Ghibli, sendo bem mais fácil de se identificar, já que a trama tem problemas rotineiros e personagens mais próximos à nossa realidade. Inclusive, os personagens poderiam estar no nosso cotidiano, de tão reais que são.

O ritmo da história não é cansativo, tanto pela duração do filme quanto pela forma de contar os fatos. Os personagens têm personalidades únicas, e alguns até podem ser considerados mais chatos devido às suas atitudes e decisões. Mas, no geral, são bem identificáveis e fáceis de gostar, mesmo com seus defeitos.

O anime possui um design característico dos anos 90, mas, como sua história é simples, poderia ser facilmente trazida para os dias de hoje, que se encaixaria perfeitamente. A história transcende o tempo, sendo bem atual, mesmo depois de quase 30 anos de seu lançamento.

No fim, toca a música “Umi ni Naretara”, da cantora Sakamoto Youko. Uma música doce e calma, que combina perfeitamente com o clima do filme.

Pedida para dias tranquilos 

Se comparado a grandes obras do estúdio, Eu Posso Ouvir o Oceano é um dos mais “fracos” do catálogo, porém, isso não é algo pejorativo, já que sua proposta é ser um slice, sem acontecimentos mirabolantes.

É aquela história para assistir tranquilo, sem precisar deixar seus neurônios trabalhando muito para entender a trama. É simples, sendo uma ótima pedida para dias tranquilos, onde você só quer assistir algo e relaxar.

REVIEW
Eu Posso Ouvir o Oceano
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Natalia
Graduada em Publicidade, com especialização em Produção de Conteúdo. Sou escritora, mas não termino nenhuma história. Adoro videogames, mas sou ruim em todos. Devo ter mais horas assistindo anime do que dormindo. Viciada em música, principalmente daquelas bandas que ninguém conhece. A esquisitona do rolê.
eu-posso-ouvir-o-oceano-reviewO enredo discorre sobre a vida de Taku Morisaki, agora um jovem adulto, se dirigindo a uma reunião com sua antiga classe. Na estação de trem, ele vê de longe uma antiga colega, Rikako Muto, e começa a recordar o momento em que a viu pela primeira vez, seis anos antes, quando ela se transferiu para a sua escola.