Os remakes de jogos clássicos estão com tudo nos últimos anos. O sucesso estrondoso dos lançamentos de Resident Evil RE 2 e 3 (e 4 muito em breve) abriram portas para o sonho de muitos jogadores se tornarem realidade. Principalmente com franquias que foram “abandonadas” depois de certo tempo, como é o caso de Dead Space.
Sendo assim, Dead Space é uma dessas franquias que fez muito sucesso, mas acabou sendo deixada de lado depois de um tempo. O sucesso do jogo original de 2008 fez surgir duas sequências, jogos spin-offs, quadrinhos e até mesmo longa metragens. Porém, o terceiro jogo da série – Dead Space 3 – falhou em atingir as expectativas do estúdio, cancelando uma próxima sequência, e encerrando os lançamentos da franquia em 2013.
Sendo assim, dez anos depois, Dead Space volta a aparecer nos consoles e PC com um remake do primeiro jogo. Cheio de promessas, a expectativa é que tenha os mesmos encantos que tivemos em 2008, mas com melhores gráficos e jogabilidade. Além de, é claro, maior clareza na história principal e mudanças significativas em partes anteriormente consideradas fracas ou problemáticas.
Remaster x Remake
Por ser um jogo tão forte e tão “amarradinho” eu sempre esperei um remaster, e não um remake. Caso não saiba a diferença dos dois, permita-me explicar: Remaster é quando o jogo passa por uma atualização gráfica, porém não se muda absolutamente nada no jogo além do visual. Em contrapartida, Remake é quando o jogo é refeito do zero, trazendo similaridades do original, mas com liberdade para mudanças em qualquer aspecto.
De qualquer forma, a escolha pelo Remake foi muito acertada. No lançamento do primeiro jogo havia muitas coisas experimentais que foram melhoradas nas sequências, e esse remake aproveitou essas mudanças.
Por exemplo: originalmente Isaac – o protagonista – não fala durante o jogo, muitas vezes causando estranhamento e dificuldade em se entender o roteiro. Então, no Remake o estúdio optou por trazer diálogos com o dublador original de DS 2 e 3. Outra mudança inteligente foi as áreas de gravidade zero, em que no original você tinha que se “lançar” para superfícies. Por outro lado, no remake o estúdio utilizou a mesma jogabilidade apresentada em DS 2. Ou seja, agora você possui a possibilidade de “voar” com pequenos motores de propulsão acoplados no seu traje.
Considerações finais
A nota de 9/10 na maior parte das avaliações do jogo não é à toa. Portanto, o remake de Dead Space consegue entregar tudo que esperávamos e mais um pouco. Enquanto a maior parte do roteiro é incrivelmente fidedigna ao jogo original, essas correções de jogabilidade nos privam dos momentos mais frustrantes que encontramos na obra de 2008.
De resto, os gráficos e trilha sonora são incríveis e muito bem trabalhados; a caracterização dos personagens pode estranhar um pouco, já que os produtores optaram por visuais mais realistas e menos “idealizados”, mas não é nada que realmente incomode.
Em suma, Dead Space Remake é um grande sucesso. Ele é bem feito, bem escrito, bem produzido, e conseguiu entregar um resultado excelente para novos e antigos fãs. Enfim, ele acerta em todos aspecto e ainda abre portas para também adaptarem sua sequência (meu favorito).