Rodrigo Folter
    Rodrigo Folter
    Jornalista gamer ou gamer jornalista, as duas características costumam se entrelaçar. Nasci em São Paulo e morei alguns anos no litoral antes de voltar à capital e me formar em Comunicação Social pela FIAM-FAAM. Crio conteúdo sobre games, cinema e tecnologia desde 2017 e fui co-autor do livro "Cinema Virado ao Avesso: Erotismo, Poesia e Devaneios", além de palestrar em algumas universidades de vez em quando. Nas horas vagas estou jogando viajando, jogando Overwatch, LoL ou brincando com meu gato.

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    Copycat | Review

    Eu tenho um gato, como todos os meus amigos sabem, graças aos memes diários que me enviam (continuem, por favor). Logo, quando Copycat, o Suco de Mangá me encarregou de jogar e escrever uma review sobreo game. Match perfeito.

    O game, desenvolvido pela Spoonful of Wonder, e publicado pela Nuuvem no Brasil, é o primeiro título do estúdio australiano, cujo governo apoiou parte da produção através do Screen Australia. Ele tenta mostrar ao jogador como um gato vê o mundo enquanto foca em contar uma história sob rejeição e encontrar um lugar onde pode chamar de casa.

    Funciona? Às vezes sim, outras não; confira.

    O mundo como um gato

    Uma das características do gato que o destaca é a sua curiosidade em desbravar a “selva” que é uma casa humana. Copycat faz um excelente trabalho em retratar como eles enxergam o mundo.

    A distorção visual faz crer que os cenários é muito maior do que realmente é, especialmente quando Dawn, a protagonista, corre. Além disso, a narração, como se estivessémos jogando um documentário, intensifica essa diferente visão de mundo.

    copycat
    Imagem Divulgação

    Jogabilidade de Copycat

    Enquanto que os cenários e efeitos visuais encantam, a gameplay deixa a desejar. A versão base era imprecisa, especialmente quando precisa saltar em móveis ou parapeitos e não melhorou mesmo após dois patches.

    Isso é um grande problema pois, além de quebrar a graciosidade que um gato tem ao explorar o mundo, frustra o jogador por ter que repetir o mesmo movimento várias vezes até acertar ou errar por falha do jogo.

    Infelizmente, a jogabilidade do game deixa a desejar e é o aspecto mais fraco do jogo.

    copycat
    Imagem Divulgação

    A interessante narrativa de Copycat

    Adotar um animal, seja o primeiro ou não, é uma decisão difícil. Requer investimento, dedicação e uma promessa para com outra vida. E aí está outro ponto forte, que faz com que enfrentar a gameplay problemática valha a pena.

    Dawn não era o primeiro gato a conviver com Olive, tampouco a primeira Dawn. A dona dela a resgata de um abrigo acreditando ser a gata original que, eventualmente, é reencontrada.

    Para a segunda Dawn, esse detalhe é um cruel golpe do destino que a obriga a viver na rua. Nesse momento, Copycat, levanta a bandeira do direito dos animais através de letterings representando as falas do gato.

    copycat
    Imagem Divulgação

    A incompreensão perante o porquê do abandono, o medo e outros sentimentos negativos permeiam a aventura a partir daí. Tudo é acentuado pela necessidade de fugir de cães, caçar comida no lixo, entre outros momentos tristes na vida de Dawn.

    Entretanto, assim como Dawn questiona se ela realmente fazia parte daquela família, o jogo abre espaço para discutir se onde você está realmente é onde deveria estar. Um acerto e tanto.

    Spoiler alert: existe um final feliz para a aventura. Convenhamos, de tristeza basta o mundo e a copycat encontra Olive e tem um lugar para chamar de seu.

    Veredicto

    Copycat encanta, é capaz de arrancar lágrimas e risadas e questiona onde é o seu verdadeiro lugar. Faz isso tudo usando miados e bigodes, desde que você tenha força de vontade para superar os defeitos de jogabilidade.

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    SINOPSE

    Copycat emociona e permite que você veja o mundo como um gato, porém sua gameplay impede que a experiência seja totalmente agradável
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    Jornalista gamer ou gamer jornalista, as duas características costumam se entrelaçar. Nasci em São Paulo e morei alguns anos no litoral antes de voltar à capital e me formar em Comunicação Social pela FIAM-FAAM. Crio conteúdo sobre games, cinema e tecnologia desde 2017 e fui co-autor do livro "Cinema Virado ao Avesso: Erotismo, Poesia e Devaneios", além de palestrar em algumas universidades de vez em quando. Nas horas vagas estou jogando viajando, jogando Overwatch, LoL ou brincando com meu gato.

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