Gabby Roveratti
    Gabby Roveratti
    Naturalmente curiosa, cientista e apaixonada por metal. Adora flertar com a divulgação cientifica e sempre busca justificativas para legitimar seus hiperfocos.

    EXPERIMENTE TAMBÉM

    BURACOS NEGROS: a alegoria dramática preferida do metal

    Alguns temas científicos acabam sendo amplamente utilizados na cultura pop, no caso dessa matéria trataremos dos buracos negros, talvez o (maior e) mais famoso deles. Várias são as bandas que nomeiam suas músicas e utilizam algumas de suas características em suas composições.

    Obviamente, o uso de “buraco negro” acaba sendo, por vezes, uma metáfora, um simbolismo para algumas emoções humanas como a ausência de sentimentos, angústia e similares. Apesar de muito estudado, ainda é pouco compreendido. Sua definição é uma grande quantia de matéria concentrada em um espaço muito pequeno.

    Dito isso, vamos agora a uma lista de bandas que utilizam tal tema em suas letras:

    Muse – Supermassive black hole / We Came as Romans – Black hole / Soulspell – Super Black Hole

    Superstars sucked into the supermassive [black hole] / Floating free suspended aimlessly / We’re sucking our brightness, Like a super massive black hole

    Aqui, tais trechos das músicas fazem alusão ao fato de que nada escapa do buraco negro (nem mesmo a luz). E podemos inferir que o Buraco negro supermassivo seria o Sagittarius A, que fica no centro da Via Láctea (onde se localiza o planeta Terra). Ele tem cerca de 4 milhões de vezes a massa do Sol e fica a aproximadamente 26.000 anos-luz de distância da Terra, de acordo com a NASA.

    Sagittarius A
    Imagem: ETH Collaboration

    Gamma Ray – Beyond the black hole

    Into the spiral, Into the dark (…) If there’s a possible chance for something that can be Called future behind the spiral (…) I will fly – Beyond the gates of space and times –

    Segundo a teoria de Einstein, o tempo e o espaço, de certa forma, trocam de lugar dentro do buraco. Assim, o próprio fluxo do tempo atrai os objetos que caem para o centro do buraco negro sendo impossível parar esta queda, assim como não há como parar o fluxo do tempo.

    Tal fenômeno de queda gera a espaguetificação que ocorre quando um objeto, ao cair em um buraco negro e, por experimentar diferentes “puxões” gravitacionais em suas extremidades, acaba esticado de forma drástica, assemelhando-se a um espaguete.

    Ayreon – into the black hole

    A música toda faz seria uma explicação poética sobre os buracos negros, porém, destaco alguns trechos:

    Nothing escapes, not even light
    Beyond the mystical horizon
    (…)
    (Feel my light, I’m the eye of the universe)

    (…)
    Feed me light
    I’m the halo of darkness

    Um buraco negro é tão denso que a gravidade logo abaixo da sua superfície, o horizonte de eventos, é suficientemente forte para que nada – nem mesmo a luz – possa escapar como já explicado anteriormente. O horizonte de eventos não é uma superfície como a da Terra ou mesmo a do Sol. É uma fronteira que contém toda a matéria que constitui o buraco negro e que define o limite onde a velocidade necessária para escapar excede a velocidade da luz, que é o limite de velocidade do cosmos – nada viaja mais rápido do que a luz.

    O falecido físico Stephen Hawking propôs que, embora os buracos negros fiquem maiores ao comer material, eles também encolhem lentamente porque estão perdendo pequenas quantidades de energia chamadas “radiação Hawking”. Ela ocorre porque o espaço vazio, ou vácuo, não está realmente vazio (uma verdadeira loucura, que daria um longe texto só para explicar este fato).

    E então, gostou de saber mais sobre buracos negros através das letras das músicas?

    Gabby Roveratti
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