O terceiro álbum de Billie Eilish já está disponível nas plataformas de streaming musicais. Intitulado “HIT ME HARD AND SOFT”, o álbum conta com dez faixas, compila estilos variados e já praticados pela artista e traz a música CHIHIRO, uma homenagem ao filme do Studio Ghibli e vencedor do Oscar, “A Viagem de Chihiro”.
“Eu amo esse filme”. Estas foram as palavras da cantora – as mesmas da Cristina Scabbia (leia aqui) – em entrevista à Rolling Stone. O motivo é uma mistura da viagem da protagonista do anime com a dela:
A música é vagamente baseada naquele filme, que é um dos meus favoritos,” disse ela ao site. “É meio que do ponto de vista dela, misturado com o meu. Os visuais desse filme são alguns dos melhores de todos os tempos – toda aquela loucura do Studio Ghibli é inacreditável. Há todas aquelas imagens do trem na água após a enchente e literalmente parece um oceano com trilhos de trem. Eu tinha acabado de assistir A Viagem de Chihiro e Finneas [seu irmão] fez aquela batida [da música]. Eu amo esse filme. Já vi inúmeras vezes.
A nova música CHIHIRO apresenta uma narrativa emocional e introspectiva que pode ser relacionada com os temas presentes no filme. Ambos os trabalhos exploram sentimentos de perda, mudança e a busca por identidade em meio a circunstâncias desafiadoras. Separei alguns trechos para análise abaixo. Vamos lá!
Assista abaixo o Lyric Video:
A Jornada e a Transformação
Em “A Viagem de Chihiro”, a protagonista, Chihiro, embarca em uma jornada para resgatar seus pais, que foram transformados em porcos (uma metáfora da bolha econômica que aconteceu no Japão nos anos 80), e para encontrar seu próprio caminho em um mundo mágico e desconhecido.
A letra de Billie Eilish, com linhas como “When I come back around, will I know what to say?” e “Did you take my love away from me?”, reflete a incerteza e a busca por respostas que também são centrais na jornada de Chihiro. Ambas as narrativas tratam da transformação pessoal e do crescimento em resposta a desafios e mudanças inesperadas.
Sentimentos de Perda e Solidão
A música de Eilish transmite um profundo senso de perda e desorientação, ecoando o sentimento de Chihiro ao se encontrar sozinha em um mundo estranho após a transformação de seus pais.
As linhas “I don’t know why I called, I don’t know you at all” podem ser vistas como um paralelo ao sentimento de Chihiro ao tentar se reconectar com seus pais e com seu próprio senso de identidade em um ambiente “alienígena”.
A Porta como Símbolo de Transição
A repetida menção à “porta” na música de Eilish – “Open up the door, can you open up the door?” – pode simbolizar as transições e os limiares que Chihiro deve atravessar durante sua jornada.
Em “A Viagem de Chihiro”, portas e passagens desempenham um papel crucial, marcando a entrada em novos mundos e fases de sua aventura. Essas portas representam tanto barreiras quanto oportunidades para crescimento e descoberta, refletindo o desejo de Eilish por clareza e resolução emocional.
A Dualidade da Realidade
Por fim, a linha “But there’s a part of me that recognizes you, do you feel it too?” remete à conexão profunda que Chihiro desenvolve com Haku, um espírito do rio que ela inicialmente não reconhece, mas com quem compartilha uma ligação profunda e antiga.
Essa dualidade de reconhecimento e estranheza é um tema recorrente tanto na música de Eilish quanto no filme de Ghibli, explorando como nossas experiências e relações podem ser ao mesmo tempo familiares e desconhecidas.
Billie Eilish – CHIHIRO
To take my love away
When I come back around, will I know what to say?
Said you won’t forget my name
Not today
Not tomorrow
Kinda strange
Feeling sorrow
I got change (yeah)
You could borrow (borrow)
When I come back around, will I know what to say?
Not today
Maybe tomorrow
Open up the door, can you open up the door?
I know you said before you can’t cope with any more
You told me it was war, said you’d show me what’s in store
I hope it’s not for sure, can you open up the door?
Did you
Take
My love
Away
From me, me?
Me
Saw your seat at the counter when I looked away
Saw you turn around, but it wasn’t your face
Said: I need to be alone now, I’m taking a break
How come when I returned you were gone away?
I don’t
I don’t know why I called
I don’t know you at all
I don’t know you
Not at all
I don’t
I don’t know why I called
I don’t know you at all
I don’t know you
Did you
Take
My love
Away
From me, me?
And that’s when you found me
I was waiting in the garden
Contemplating, beg your pardon
But there’s a part of me that recognizes you
Do you feel it too?
When you told me it was serious
Were you serious? Mmm
They told me they were only curious
Now it’s serious, mmm
Open up the door, can you open up the door?
I know you said before you can’t cope with any more
You told me it was war, said you’d show me what’s in store
I hope it’s not for sure, can you open up the door?
Wringing my hands in my lap
And they tell me it’s all been a trap
And you don’t know if you’ll make it back
I say: No, don’t say that
(Wringing my hands in my lap)
(Tell me it’s all been a trap)
(Don’t know if you’ll make it back)
(I say: No, don’t say that)
(Wringing my hands in my lap)
(Tell me it’s all been a trap)
(Don’t know if you’ll make it back)
(Don’t say that)
Mhm