A convite da Universal Pictures do Brasil, tivemos o privilégio de conferir Atômica, o mais novo filme estrelado e protagonizado por Charlize Theron!
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Todo início do ano tem uma lista dos filmes que serão lançados em cada mês, e sempre tem aqueles que todos esperam, e aqueles que ninguém liga, porém tem aqueles filmes que só de ver o pôster, já se cria uma leve expectativa, de que “pode ser um filme bom”.
E aí começamos a ver o elenco, sinopse, trailers, até chegar na estréia do filme e ele não ser o que esperava… E ser mil vezes melhor! A ponto de querer rever, e rever, e rever…
Atomicamente de Ação
Atômica ou Atomic Blonde, originalmente, é inspirado em uma graphic novel chamada “The Coldest City”, a qual conta a história de uma espiã feminina encarregada de encontrar uma lista de agentes duplos que está sendo contrabandeada para o ocidente em véspera ao colapso de Berlim.
No ano de 1989, em meio a Guerra Fria, próximo da queda do muro de Berlim, agentes duplos, belos ingredientes para termos um bom filme e bem violento, com cenas de nudismo não fortemente explícitas, lutas corpo a corpo a qual a arma é a primeira coisa que estiver no chão.
Independente se é homem ou mulher, a porradaria rola a solta sem piedade, a ponto de não conseguir respirar! Só imaginar a dor que é levar uma cacetada de um pé de cadeira, ou um golpe de qualquer coisa pontiaguda, e todo esse jogo psicológico de quem estava traindo quem – é fantástico.
Raciocínio, lógica e stealth
O problema é que para chegarmos a essas cenas extremas, precisa-se montar toda linha de roteiro, fazendo com que ele fique mais lento – o que é necessário porque o filme envolve agentes duplos, a CIA e a KGB – então não seria só violência, teria todo jogo de raciocínio, lógica e stealth. Até chegar a tudo isso, o desenrolar de tudo demora demais para começar, a ponto de tirar a atenção do filme.
Contudo no meio dessa construção mais arrastada em Atômica, pode-se analisar melhor a atuação da maior parte do elenco, com James McAvoy, o Percival. O personagem dele é um malandro, típico garoto do subúrbio, sobrevive entre becos e esgotos, com alguns lares cheio de produtos roubados, seria o melhor personagem do filme, mas fica atrás da Lorraine, a amada Charlize Theron.
A protagonista trás uma mulher fria, calculista, objetiva e ainda passa um ar de anti-social, como se não quisesse ninguém por perto, a não ser da Delphine, feito pela Sofia Boutella, e sem spoilers, mas que bela cena delas! Charlize, em seu personagem, é uma mulher sexy, brutal, cicatrizes da cabeça aos pés, bate feito lutadora de MMA, e apanha feito uma também!
Jogo Psicológico
Toda essa reviravolta, de traição, jogo psicológico, construção da trama, muita nudez e sangue voando a cada bala ou porrada, casa de forma perfeita com a trilha sonora, cada cena. Não importa se é na lentidão, montando toda a história, ou se é na violência sanguinária de tiros, perseguições e tudo mais, esse filme foi feito de forma muito bem construída, redondo, com um roteiro bem amarrado, com nudez e sexo sem medo da vulgaridade.
Vale destacar de como foi feita a divulgação da trilha sonora do filme, que normalmente é inserida nos créditos dos filmes. As mesmas foram tocadas em alto e bom som, sobrepondo até o áudio ambiente da cena, a qual não foi danificada, pelo contrário, ficou lindo, com uma dosagem perfeita.
Personagem Icônico
Uma das melhores coisa do cinema, são filmes desconhecidos que roubam as telas do cinema, leva público para as sessões sem muita publicidade, com um elenco até que invejável e com personagens como Rainha Ravenna em Branca de Neve, Imperatriz Furiosa em Mad Max e Cypher, a vilã em Velozes e Furiosos 8.
Charlize vem mostrando há muito tempo que é um mulherão da p0rr4, James McAvoy dispensa comentários e Sofia Boutella – que já impressionou em “A Múmia” – mostra sua carreira em plena ascensão.
Atômica é um filme de causar inveja a qualquer outra franquia que precisou fazer uma propaganda agressiva para morrer na praia no final!