Um problema que ter persistido e feito notícia já há alguns anos e de que o número de idosos está aumentando e que o dos jovens está diminuindo. Este é o segundo ano consecutivo em que a taxa de natalidade do Japão cai.
Isso se deve ao fato de que o grupo de mulheres férteis, entre os 15 e 49 anos, tem caído e que a idade para se ter filhos aumentou, reduzindo a possibilidade de ter um segundo filho.
O problema vai além dos números, as mulheres japonesas tem evitado casar e ter filhos porque querem continuar trabalhando, enquanto os homens não se sentem preparados financeiramente para arcar com tais despesas. Esta dificuldade em equilibrar trabalho e família tem se repercutido mais não só no Japão, mas pelo mundo.
Geralmente, os jovens casais morando na capital japonesa estão longe de suas famílias, o que se transforma em um obstáculo na hora de criar os filhos, já que eles não contam com o apoio dos parentes ou de creches para ficar com as crianças enquanto os pais precisam trabalhar fora.
Com a população idosa crescendo, mais pessoas precisam contar com a aposentadoria e programas de saúde. Isso acarreta no aumento de impostos, já que a população jovem é muito pequena para suprir a demanda.
O problema se agrava ainda mais com o desencorajamento da mulher no trabalho, com poucas políticas de apoio à gestante, poucas creches, discriminação, assédio sexual e a diferença de salário entre os gêneros.
O pesquisador do Instituto Dai-ichi de Pesquisas da Vida, Yasuko Matoba, diz que é o dever das empresar oferecer um ambiente que dê espaço para seus funcionários casarem e terem filhos, através de uma jornada de trabalho menor e menos estressante.
Essa é uma tendência mundial, 6 das 7 potências do mundo, tirando o Canadá, viram uma queda nas suas taxas de natalidade.
Esses números são mais baixos nas capitais, onde o custo de vida é mais alto e o grau de instrução também é maior. O salário mínimo e as crises financeiras também ajudam a manter essa expectativa baixa.
O Japão está tentando contornar o problema incentivando os imigrantes a terem filhos com japoneses. O número de mães estrangeiras no país é de 25%, o que corresponde a uma boa parte da taxa de natalidade japonesa.
Isso pode não ser o suficiente, como mostram países como a França e a Alemanha, onde a taxa de natalidade caiu substancialmente nos últimos anos. Os dois países resolveram investir mais em programas de bem-estar e oferecer mais creches, o que ajudou a aumentar seus números.