Hoje é domingo e dia de SUCO ENTREVISTA! Batemos um papo bem bacana com a Alícia Grucci, mais conhecida como Mirsthy, líder de comunidade de Overwatch no Brasil.

Essa entrevista foi pensada como ponto de início para um acompanhamento mais próximo do cenário competitivo de Overwatch pelo Suco de Mangá, então quaisquer feedbacks sintam-se a vontade e espero ver vocês novamente.

Foster: Primeiro gostaria de agradecer o tempo para conversar com a gente. Como falei a primeira parte é mais focada no pessoal, na sua relação com os jogos. E a primeira pergunta é: O que te levou ao mundo dos games?

Mirsthy: Não foi a minha família porque minha família nunca foi de jogo, eu que entrei meio sozinha nesse meio, mas a minha mãe sempre me apoiou muito. Ela que comprou… acho que meu primeiro console foi um Nintendo DS, depois passou para o Nintendo Wii então sempre vim muito desse “Nintendo” mas eu começava a jogar aqueles jogos de cachorrinho quando criança.

Tinha uma prima que jogava também e ela me introduziu mais ou menos também. Mas era uma prima distante e depois que ela voltou, porque ela mora fora, eu comprei esses mesmos jogos que ela me apresentou e antes de ir para a escola eu ficava a manhã toda jogando um jogo da Alice, que nem lembro o nome mas era um negócio enorme.

Foster: Era o Madness Returns?

Mirsthy: Acho que é. Era um jogo bonito até para a época só que eu não lembro o nome, se eu ver a imagem dele eu lembro. Aí eu passei pro Habbo, passei pro Transformice…

(risos)

Mirsthy: O Habbo na verdade a minha mãe me proibia porque acho que tinha nove anos na época e eu fingia que tinha dezesseis, só que a minha mãe nunca gostou de Habbo. Ela falava que eu era proibida de jogar.

Aí teve uma situação que meus pais estavam chegando, eu estava sozinha em casa, então eu tava jogando Habbo aí eu ouvi o barulho do carro chegando aí eu: “caraca, ela tá vindo.” Fui tentar fechar e o Habbo travou e ficou a tela enorme no computador e ele ficava virado para a porta. Na hora que eles chegaram fiquei tentando abraçar eles e virar de costas até ele destravar.

(risos)

Foster: Você lembra qual foi o primeiro jogo que você jogou mesmo?

Mirsthy: O primeiro mesmo não lembro. Não faço a mínima ideia, provavelmente foi Mario.

Foster: Qual o jogo que mais te marcou? Por quê?

Mirsthy: Mario Kart. Eu jogava direto, levava para a escola, jogava no intervalo. Em casa era o tempo todo.

Foster: Jogos offline ou online? Por quê?

Mirsthy: Online, muito mais online. Acho que desde de 2011 jogo League of Legends, aí eu parei quando lançou Overwatch, fiquei coisa de um ano fora e voltei agora, só que sempre preferi jogo online. Desde Transformice, Habbo essas coisas e agora esse tipo de multiplayer que é time versus time. League of Legends, Overwatch e tô começando a jogar Destiny.

Acho mais divertido quando tem uma pessoa real do outro lado. Me desperta uma vontade de ganhar a partida, competitividade.

Foster: Que sensações jogar te desperta?

Mirsthy: Depende se tô sozinha, com amigos… cada vez é uma coisa diferente. Depende de como eu tô no dia, se eu tô jogando para me desestressar, se é por causa de competitividade. Depende do momento. Ultimamente eu tô jogando muito relaxada, tá me deixando muito descansada, mas têm vezes que eu jogava e ficava completamente estressada.

Foster: Agora focando um pouco mais no Overwatch. Qual foi a sua reação quando o jogo foi apresentado pela primeira vez?

Mirsthy: Eu conheci o Overwatch na verdade pelo Facebook e é por isso que tenho tanto carinho pelo jogo no Facebook. Eu tava passando pelo feed normal e apareceu naquelas recomendações uma imagem bonitinha e cliquei para ver o que era e entrei no grupo.
Aí depois eu vi que era coisa da Blizzard e achei legal porque jogava World of Warcraft quando era mais nova, quando tinha nove ou dez anos. Minha mãe me levava para o trabalho dela e eu ficava jogando WOW o dia todo.

Então eu já tinha familiaridade com a Blizzard e quando entrei no Overwatch acabei me aprofundando e fui ver os vídeos de lançamento, essas coisas e achei muito da hora e entrei no Beta.

Foster: Qual foi o primeiro personagem que você jogou?

Mirsthy: Nossa, não faço ideia (risos). Acho que meu primeiro main foi Junkrat. Não lembro que foi depois do Junkrat, lembro que depois foi Zarya… Ah, Bastion! Foi Junkrat, Bastion e depois foi para a Zarya. Minha primeira arma dourada foi do Bastion, me orgulho demais dela.

(risos)

Foster: Existem características do seu main que você enxerga em você si própria?

Mirsthy: Ela é muito protetora, né? Ela desistiu de um dos sonhos dela que era ser halterofilista para proteger a família. Então eu tenho muito isso, sempre tô querendo proteger meus amigos, meus familiares e não sei se eu desistiria dos meus sonhos, mas em uma situação que eu tivesse que optar entre fazer algo que eu tô gostando e ajudar um amigo meu eu vou ajudar meu amigo.

Foster: Qual mapa você mais gosta de jogar?

Mirsthy: Acho que Lijiang, amo mapa de controle. Todos. Nepal, Lijiang, Oasis eu amo também. Tudo mundo xinga Oasis mas eu acho maravilhoso. Tem um outro de controle que tô tentando lembrar… Busan, nossa Busan é muito legal. Eu sempre me perco na saída dos mapas, aquele da base de MEKA. Até hoje não sei por onde que sai.

Eichenwalde eu também adoro. Eu gosto de todos, desde que não seja dois CP… nossa, Deus me livre. Deleta do jogo. Se eu tô jogando QP e cai Templo de Anúbis eu quito toda vez. É o mapa que menos gosto nesse jogo, não existe vitória em Templo de Anúbis.

Foster: Qual personagem que você menos de jogar, jogar contra e a construção de personagem que menos gosta?

Mirsthy: De jogar contra acho que é Doom, me dá raiva. Eu não sei jogar contra Doom então sempre entro em choque quando tem um.

No meu time… Hanzo ficou da hora agora, então tá suave. Torb tá da hora… acho que tô de boa com todo mundo. Agora o Wrecking Ball, só tô pegando gente ruim com ele.

E de construção de personagem eu não gosto da história do Hanzo e do Genji, eles eram um personagem só e dividiram no meio porque tinha muita skill, então eles tentaram separar a história deles também e ficou uma coisa sem pé nem cabeça. Acho que a história do Hanzo até faz sentido, mas quando você olha só a do Genji ela é meio torta.

Foster: Você tem algum streamer favorito?

Mirsthy: Eu assisto muito xQc, acho muito divertido. Ele é muito tóxico, mas muito divertido. Assistia muito moonmoon, mas ele parou de streamer Overwatch. De brasileiro assisto o pOkiz, agora ele tá dando uma entrada no Fortnite, saindo um pouco do Overwatch. Acho que é mais o xQc ultimamente.

Foster: Qual player mais te impressiona assistir?

Mirsthy: A pessoa que me fez começar a jogar de Zarya foi o Zunba por causa de uma jogada que ele fez na Copa de 2016. Ele e a Geguri. São duas pessoas que admiro muito, o Zunba principalmente, mas a Geguri por causa da história do hack, ela fez pessoas pararem de jogar por causa da gameplay dela.

Então foram duas pessoas que me incentivaram a jogar de Zarya, mas de jogabilidade acho o JJonak muito bom e o Fusions jogou a Copa muito bem.

Foster: Você torce para algum time na OWL?

Mirsthy: Los Angeles Gladiators. Acho legal a personalidade das pessoas que estão lá. A torcida é a que mais fez me sentir em casa. Se eu entro no Discord da Los Angeles Gladiators eu me divirto, diferente se eu entro na de qualquer outro time.

Foster: Você se considera administradora do grupo do Overwatch Brasil, líder de comunidade ou produtora de conteúdo?

Mirsthy: Acho que um pouco de cada, não me vejo só em uma delas. Ultimamente tenho me segurado para não falar tudo o que penso porque me vejo num lugar onde têm gente que olha o que eu faço. Então se eu falo uma coisa que pode influenciar alguém negativamente eu tô tentando me controlar mais e era uma coisa que não fazia.

Agora em criação de conteúdo eu vejo que sou muito mais de repassar informação do que criar. Eu vejo as coisas, passo por um funil e libero depois para o pessoal de uma forma que eles estão mais acostumados a ver.

Eu tô numa fase que eu tô vendo o que quero fazer. Não sei se quero fazer escrita, não sei se quero fazer só Facebook com textos curtos, não se quero fazer vídeo. Tô dando um tempo para me localizar.

Eu gosto de todos os tipos de conteúdo, o problema da criação de vídeo é que dá muito trabalho, sou muito estressada para fazer vídeo.

Foster: Como foi o processo desde que entrou no grupo até hoje?

Mirsthy: Eu comecei a postar curiosidades, comecei a ver coisas sobre o jogo e postar pequenas curiosidades.

E nesse processo comecei a ver que tinha muita treta no grupo, tinha muita gente falando besteira lá, aí fui falar com o Caio, que é o dono do grupo, e vou ver se consigo uma vaga na administração. Aí entrei, mas continuei fazendo as mesmas coisas que eu fazia só que na administração agora.

Comecei a postar coisas da OWL quando começou, então fui abrindo além de curiosidades para meme e outros tipos de conteúdo.

Foster: Como você acha que a comunidade te enxerga?

Mirsthy: Têm gente que acha legal, têm gente que me vê como amiga. Já vi gente falou mal, sei que têm gente que me bloqueia porque sou mulher, só que vejo muito mais gente que tá do meu lado do que tá contra.

Foster: Quais as principais dificuldades em ser uma personalidade, pode-se dizer, do Overwatch no Brasil além de administrar a comunidade?

Mirsthy: Acho que administrar a comunidade é mais porque tem outras pessoas, tem menos carga.

O negócio de ser uma pessoa mais conhecida é que você tem que se segurar muito mais. Você não pode fazer uma coisa que vai ser negativa para você ou para outra pessoa. Já soltei uma informação que era um boato e muita gente começou a acreditar e a partir daí penso se posto ou não posto.

Foster: Mudando o foco do seu trabalho na comunidade para o jogo, me fala uma crítica positiva e uma crítica negativa para o jogo.

Mirsthy: Uma positiva: A Blizzard é muito aberta a diversidade. Eu tenho amigas que nunca jogaram FPS e que começaram a jogar por causa do Overwatch, vejo a comunidade LGBT de uma forma geral entrando também e a questão do gameplay acho divertido.

Eles (a Blizzard) tentam ouvir tanto a comunidade de eSports quanto da casual, tentam equilibrar as coisas.

Uma negativa: É que o lançamento de heróis é muito demorado. Você vê muita gente entrando quando tem um herói novo, evento ou mapa novo e depois de duas semanas volta a descer. Então acho que demoram um pouco demais na transições entre coisas acontecendo.

Foster: Atualmente existem seis eventos por ano. É um número bom?

Mirsthy: Acho que sim, mas eles poderiam fazer eventos diferentes. Ou pelo menos os mesmos com contendas diferentes. Acho que o evento favorito de muitas pessoas é o Archives. No primeiro ano tiveram o ataque em Kings Row, noutro o ataque da Blackwatch, a fuga no caso, então você tem um evolução da lore e é mais divertido.

Foster: Uns meses atrás a Blizzard anunciou que o jogo bateu 40 milhões de players e acabaram de lançar o herói 29, a Ashe. Claramente o jogo não está morrendo, mas existe um grande número de pessoas que dizem isso e é impossível negar que há um problema. Você acha que você, ou qualquer outra pessoa que tenha um papel de liderança na comunidade, tem um papel para trazer os players de volta ao jogo?

Mirsthy: Era uma coisa que começou como meme, foi crescendo e as pessoas que não sabiam que era meme entrou na onda até se tornar uma coisa real.

Eu vejo muitas pessoas que migraram do Overwatch para o Fortnite, tanto amigos meus criadores de conteúdo saindo completamente do Overwatch para outros jogos, principalmente Fortnite que é foi o que mais cresceu, mas acho que o papel principal é da Blizzard, porque não adianta alguém que é criador de conteúdo trazer as pessoas de volta sendo que quando entrarem no jogo vão pensar: “E agora? O que eu faço aqui?”.

Então acho que tem que ter alguma coisa dentro do jogo que vai manter as pessoas lá dentro.

Foster: Você acha o Overwatch um jogo com pessoas muito tóxicas?

Mirsthy: Raramente enfrento um jogador muito tóxico, mas vejo muita gente falando. Agora o LOL acho muito mais, só que a comunidade é basicamente a mesma. Mesma idade, mesmo estilo de pessoas. Só que a coisa do Overwatch é que ele bane pessoas muito rápido. O sistema de report tá funcionando melhor do que antes. Então tem gente que nem xinga tanto e recebe um block de chat por um tempo.

Mas raramente enfrentei alguma coisa dentro do Overwatch. O que vejo xingando é por troca de herói.

Foster: Então o combate a toxicidade tá sendo eficaz por parte da Blizzard?

Mirsthy: De certa forma. Eles estão bloqueando as pessoas no chat, e isso ajuda de certa forma e têm gente que volta mais tóxica ainda. Já vi gente postando no grupo porque receberam ban e xingando a Blizzard.

Mas acho que podiam ser melhores na questão da rigidez. Ao invés de restringir o chat podiam dar uma penalidade real. Ficar um mês sem jogar, três meses sem jogar, até ficar com a conta permanentemente, né?

Os casos de pessoas que tiveram a conta permanentemente banida são muito baixos comparando em um âmbito geral. Agora a Coréia mesmo tem muito problema com cheat e se você entra no fórum da Coréia todo mês eles postam uma lista de pessoas que foram banidas.

Acho que é uma coisa que podiam fazer em outros servidores também para o pessoal ver se tá tendo resultado ou não.

Foster: Você acha que a premiação ao final de cada season vale a pena?

Mirsthy: Err… não, foi legal no início, né? Hoje acaba a season e você esquece que ganhou as moedas. Eu só lembrei das moedas agora porque lançou a Ashe e fui ver se tinha moeda para comprar a dourada porque gostei dela. Comprei e ainda sobrou 3400.

Acho que podiam fazer da arma dourada para uma arma platina. Seguindo uma linha, sabe? Primeiro a dourada, depois a platina e vai fazendo que nem as bordas, que agora tem a diamante.

Foster: Qual foi a sua maior surpresa positiva e negativa na OWL?

Mirsthy: A maior decepção foi a Shanghai ficar 0-40. Realmente torci no final para ganharem unzinho, mas não conseguiram. Pode-se dizer que DJ Khaled foi um surpresa um tanto quanto curiosa e negativa também. Foi bizarro.

Agora positiva foi Los Angeles x Los Angeles. Eu fiquei muito surpresa com a torcida, você ouvia nitidamente mesmo que fosse em stream. Outra coisa que gostei foi o trabalha de social media tanto da London quanto da Dallas e Valiant.

Foster: O que você espera da próxima edição?

Mirsthy: Acho que vai ser melhor, eles melhoraram o calendário. Vai ficar bem melhor para quem assiste e para quem joga. Vai ter um espaço de descanso melhor e o final vai ser mais organizado.

Foster: Como foi a experiência de acompanhar a BlizzCon? Você foi a convite da Blizzard?

Mirsthy: Mais ou menos. Fui por mim mesma e a Blizzard me deu o convite, então só entrei na BlizzCon e fui na sede, mas foi isso o que a Blizzard me deu, o ingresso.
A BlizzCon do ano passado foi melhor. Fui também só, mas completamente, não ganhei nada. Mas foi melhor por vários aspectos. Em questão de lançamentos, tudo o que aconteceu a BlizzCon 2017 foi melhor.

Esse ano eles deram uma reduzida muito grande nas coisas que foram lançadas. Não só no Overwatch como no World of Warcraft, StarCraft, Hearthstone, todos os jogos.

A Copa foi muito fraca também. O que me prendeu na Overwatch Arena ano passado foi que as pessoas que estavam lá dentro estavam torcendo para os Estados Unidos e era o estádio inteiro gritando “USA! USA!” e isso dava uma emoção muito grande tanto é que chegou uma hora que eu tava gritando e nem sabia o porquê.

Esse ano foi muito fraco porque não tinha ocidental jogando, era só oriental. A maior parte da torcida tinha que escolher entre Coréia e China. Coréia tá todo mundo cansado de ver e não tem quase nenhum contato com jogadores da China, então não torce tanto como se fosse um Canadá, Estados Unidos ou Reino Unido.

Foster: O que você achou da performance do Brasil na Copa do Mundo?

Mirsthy: A gente jogou bem esse ano. A gente tirou mapa dos EUA e do Canadá, nunca esperava isso. Esperava que fosse tirar do Canadá, mas não achei que ia tirar dos EUA e fomos muito bem elogiados tanto pelos casters quanto pelos próprios jogadores. O Neil e o Alemão foram citados pela própria Overwatch League nas matérias, o Honorato criou uma fanbase muito grande por causa do meme “Nunca vi alguém tão bonito quanto Maurício Honorato”. Eu fiquei muito orgulhosa dos meninos e o jogo contra a Áustria foi incrível.

Acho que eles ficaram muito decepcionados por não terem tido tantas oportunidades como a gente achou que teria. Eu tava esperando que eles iam voltar com alguns tryouts para alguns times, mas só o Liko acho que voltou.

Foster: Qual seleção pode derrotar a Coréia?

Mirsthy: As que tem mais chances são Canadá e EUA, né?

Não achei que a Coréia fosse ganhar esse ano, mas eles trocaram a lineup no último momento e ficaram fortes. Eles trocaram três jogadores e nessa troca a seleção ficou muito forte e isso pegou o pessoal desprevenido. Eles estavam olhando o time da fase de grupos e aí virou outra gameplay com essa troca e não conseguiram se adaptar muito bem.

Então se for para alguém vencer tem que ser EUA ou Canadá. O que acho que fez os EUA perderem esse ano foi que eles foram com um pouco de ego demais.

Foster: Você acha que tais jogadores com tais atitudes merecem representar um país?

Mirsthy: Acho que se o jogador é muito bom vai ser a escolha lógica do país para levar ele para lá. Agora se ele tá sendo tóxico, negativo, é o momento da Blizzard colocar o pé e falar “ou você segura ou você não vai poder estar no próximo ano, não vai poder entrar no negócio”. Acho que tem que ter um controle maior. Apesar de que com redes sociais o negócio é um pouco difícil de se controlar.

O Sinatraa é um jogador que é bem tóxico e não sei se chegou a ver ele com o MikeyA. O Reino Unido era full Contenders, né? E o sinatraa tava dando t-bag e acabou que os EUA perdeu e foi desclassificado. Depois o MikeyA postou alguma coisa dando trash talk no Sinatraa, aí ele respondeu “pelo menos tô na OWL” e o MikeyA respondeu: “tá na OWL, fica em nono lugar, vai para Copa e perde para jogadores de Contenders”. Aí o Sinatraa ficou tentando responder, mas o que vai responder?

Agora o EUA tem o ego muito grande, cara. Não só no OW, em vários jogos, em várias situações. Em jogo, em filme… eles se colocam num pedestal muito grande.

Outra coisa é que depois que o Canadá foi eliminado na semifinal eles foram pela plateia, se encontraram com o pessoal. Se você ia comprar um hot dog tinha o xQc de um lado, Mangachu do outro, então eles estão muito próximos da comunidade, coisa que o EUA não faz.

Foster: Você acha que o eSports vai ultrapassar o sucesso e importância do esporte tradicional?

Mirsthy: A importância acho que não. Chegar ao mesmo ponto talvez, mas o esporte foi muito importante, é parte da história do ser humano. Mas acho que cresce para caramba sim, é uma coisa que você já vê sendo passada de pai para filho. E você vê famílias indo para a BGS, indo para ComicCon, então é uma coisa que tá crescendo.

Foster: Eu queria agora deixar esse espaço para você dizer alguma coisa e agradecer pelo tempo de conversar com a gente.

Mirsthy: Esse é o momento que não sei fazer. (risos) Não tenho muito, só agradeço pela oportunidade de conversar, é sempre legal.

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