A galera vem comentando que Ajin pode ser o Tokyo Ghoul do ano e também por ter um potencial imenso para ser o anime do ano. Ainda tenho minhas dúvidas e antes de falar do porquê, vamos conhecer um pouquinho sobre a obra em questão.
Ajin é um mangá criado por Gamon Sakurai – conhecido por trabalhar com mangás eróticos, veja AQUI – e conta com sete volumes lançados na good! Afternoon até então. Quem “abraçou” a ideia para animar o mangá foi a Polygon Pictures, já conhecida pelo recente trabalho com Sidonia no Kishi (Knights of Sidonia) e que por sinal também trouxe o diretor do mesmo, Hiroyuki Seshita.
Já foram prometidos três longas animados, um OVA e a animação contará com 13 episódios, sendo que os direitos de transmissão do anime estão com a Netflix, ou seja, já já teremos Ajin no catálogo.
Intensidade
Temos um início de episódio impactante e até mesmo perturbador. Nele, num tom de sépia, vislumbramos uma espécie de vilarejo de interior. Lá, a população local desbrava e luta com armas de fogo contra os chamados “enviados de Deus”.
Até o fim do episódio e aos poucos, pequenas informações sobre tais criaturas são liberadas para o espectador. Basicamente, estes “enviados” são meio-humanos que NÃO MORREM, ou pelo menos, não sabem como morrem. De alguma forma mística ou biológica, não se sabe – ou pelo menos não foi ainda explicado – como tais seres surgiram. Mas eles são como nós, humanos, de carne e osso, porém, possuem uma forma de regeneração potente. E não pense que é algo do nível Piccolo ou Wolverine; É bem mais potente! A pessoa pode ser queimada e triturada, que ela vai voltar na ativa em poucos segundos, ou pelo menos, foi o que deu à entender neste primeiro episódio.
Questões Sociais
Na trama, temos os protagonista Nagai Kei – um “shinji na vida”, se é que você me entende – até que ele é atropelado. Sim, japoneses adoram atropelamentos em primeiros episódios. Mas voltando à trama, os meio-humanos não sabem que possuem este poder, até “morrer pela primeira vez”. E não basta sofrer o trauma desta primeira morte, é saber que este tipo de criatura é caçado pela população e até mesmo, caçado por uma espécie de grupo secreto.
O que a galera pode associar com o Tokyo Ghoul, é com relação de como estes meio-humanos, ou melhor, os chamados Ajin, são tratados na sociedade. Na verdade, eles não são tratados, e sim descriminados – o que ainda não entendi claramente do porquê disso. A comparação também não para por aí, pois provavelmente teremos o protagonista Ajin, agindo em cima do muro – eu queria fazer esse trocadilho – já que provavelmente, vamos conhecer os dois lados da moeda, dos humanos e dos meio-humanos.
Polígonos e Dinâmica
Sobre as questões técnicas, as músicas de abertura e encerramento não chamaram tanto a atenção, talvez o ending tenha dado um pouco mais impacto. Na dinâmica do enredo, o episódio correu super bem, mantendo uma apreensão no telespectador.
Quanto ao trabalho de animação da Polygon Pictures, pode não agradar à todos, pode ter certeza. Não sei se este é o futuro da animação japonesa – espero que não – mas, parece que falta muita coisa para adicionar. Para quem não conhece, o estúdio trabalha com CGI e 2D ao mesmo tempo. Basicamente, eles dão vida à um boneco/personagem 3D e o animam dentro de um cenário em 2D. O que pessoalmente incomodou neste primeiro episódio, foi com relação à queda de quadros em algumas cenas, principalmente nas mais “rápidas”. Sabe aquele jogo que cai de 30 para 22 quadros por segundo? É mais ou menos esta a situação. Mas né, gostaria que vocês opinassem sobre isso.
Quanto ao que escrevi lá no início do texto de ter minhas dúvidas em ser o hype do ano, é com relação à temática pesada e também com esta animação que pode não agradar o público. Quando estrear na Netflix, poderemos saber com mais facilidade do impacto do anime aqui no ocidente.