Depois de meses aguardando ansiosamente para esse momento, finalmente posso dizer que ‘A Morte do Demônio: A Ascensão’ chegou! Prometendo servir uma grande dose de sangue e muita carnificina explicita, não tem fã de terror que não fique empolgado enquanto imagina tudo que esse novo filme da franquia pode reservar para o espectador.
Sendo assim, pra você que é tão fã da saga ‘Evil Dead’ como eu sou, já adianto que o banho de sangue aqui não é problema. Enfim, sem muita ladainha, segue aqui que o sucolino vai te contar essa experiência aterrorizante.
Sobre Evil Dead
Só pra sintonizar quem não conhece muito, Evil Dead surgiu nos anos 80 com o titulo brasileiro de ‘Uma Noite Alucinante‘. Então, estrelado por Bruce Campbell e dirigido por Sam Raimi, o longa fez muito sucesso com seus efeitos práticos e com seu terror mais descontraído. Algo que naquele tempo e até mesmo hoje atraí muitos fãs por ser divertido na mesma intensidade que é aterrorizante. E, como todos nós já sabemos, sagas de sucesso nunca morrem de verdade.
Sendo assim, em 2013 a saga voltou com um remake que prometia seguir a referência e ser ainda mais assustador. Olha, eles acertaram em cheio (confesso que é um dos meus filmes favoritos), pois Evil Dead (2013) se tornou uma grande referência do terror moderno por ser o famoso arroz com feijão que todo mundo gosta. Ou seja, muito gore, sangue, momentos marcantes e extremas loucuras. E agora que situei vocês, podemos voltar para 2023 e mais uma nova parte para essa grande franquia.
Enredo
Primeiramente, algo que me chamou muita atenção nesse novo longa é fato da sua ambientação ser totalmente diferente da que estamos acostumados com outras obras. Pela primeira vez, as palavras perturbadoras do Necronomicon foram lidas em um local urbano. Isso me fez pensar muito se era de fato uma boa escolha e se eles acertariam com isso, e olha, eles acertaram!
Afinal, a nova ambientação nos permite ver novos perigos que antes não tínhamos visto, com toda a tensão por estarmos em um grande prédio que está nos seus últimos dias. Além disso, a grande aflição daquilo se espalhar para vários lugares, faz essa tensão funcionar muito bem com tudo que o longa propõe.
Levando mais a frente, outra coisa que me fez refletir bastante após o fim do filme, era sobre a sua narrativa. Sinto que depois de muito tempo a franquia foi realmente assertiva na construção de seu enredo, e isso é muito bom! Apesar de todo o terror desenfreado com aquele velho humor meio que até pastelão, sinto que existiu uma tentativa de tornar personagens marcantes. Coisas que a gente não sentia desde o grande Ash Williams (Bruce Campbell), que se tornou até mesmo um grande ícone do cinema de terror.
Nível de Susto
Agora, trazendo aquele tema que eu sei que você estão interessados pra valer, será que o terror é realmente pesado e agoniante como parecido ser? Olha, vou ser bem sincero com vocês. Apesar de todo o marketing vender ótimos momentos de tensão e uma grande sensação de que vamos ver as cenas mais brutais da franquia, a sensação que eu tenho é que o antecessor consegue ser mais assertivo com o gore. Mas relaxa, isso não torna o filme fraco não!
Afinal, temos um gore bem pesado que causa certos desconfortos e embrulhos no estômago até mesmo naqueles que já são mais habituados a esse tipo de filme. Ainda, sem falar dos jumpscares que até me fizeram pular da cadeira algumas vezes. Sendo assim, a construção do terror é ótima e consegue te deixar tenso a cada pequeno detalhe que aparece, e pra quem ama essa sensação (como eu), vai adorar. Porém, pra você que não é acostumado, eu sugiro que segure bem na poltrona e evite lanches pesados durante o filme hahaha.
Também, não dá pra deixar passar como o elenco brilha e favorece demais toda essa obra em. A atuação da Alyssa Sutherland (Ellie) é apavorante de tão boa. Em seus dois momentos grandiosos elas consegue entregar muito bem o que é proposto. Ou seja, uma ótima mãe em um momento, e o pior demônio da terra em outro.
Apesar do maior destaque para a Alyssa, todo o elenco merece palmas por conseguirem se entregar tanto aos seus papéis. No entanto, vou deixar uma grande menção honrosa a atriz mirim, Nell Fisher(Kassie), que mesmo sendo o alivio cômico da obra consegue também introduzir um ótimo drama e é uma super fofa!
Veredito
E lá vem as considerações finais, que rufem os tambores! A Morte do Demônio: A Ascensão consegue cumprir muito bem o que ele propõe. Portanto, sendo um filme com uma historia no famoso mamão com açúcar, consegue executar bem aquilo que desde sempre vendeu para o público.
De qualquer forma, se existe algo aqui que me incomoda um pouco são algumas escolhas da direção. Afinal, em certos momentos faz parecer que vamos engatar uma grande sequência, mas logo em seguida dá aquela esfriada. Consequentemente, isso quebra um pouco do clima, mas sendo bem sincero? Nada que estrague a experiência. A Morte do Demônio: A Ascensão é uma grande sequência e com certeza vai brilhar entre os fãs de horror.
No entanto, se você é fã da saga como eu, presta bastante atenção que o Lee Cronin (Diretor) não poupa nem um pouco as referências aos filmes passados. Seja de momentos icônicos a até equipamentos utilizados no filme (sei que você já sabe do que eu to falando), é muito explicita a admiração pela obra do Sam Raimi e o desejo de nos fazer lembrar de como tudo aquilo se tornou uma marca registrada dessa franquia. Sendo assim, aprecie a carnificina e cuidado com Deadites à noite.
