Trazendo dessa vez uma obra mais intimista e cheia de coisa para contar, pude conferir Às Vezes Quero Sumir. Assim, venho contar para vocês um pouco dessa experiência que admito me surpreendeu de uma forma bem positiva.
Enredo
Às Vezes Quero Sumir acompanha a história de Fran, uma jovem trabalhadora de uma cidade pequena dos Estados Unidos. Ela vê sua rotina ser afetada por completo na chegada de um novo colega de trabalho que mudaria muito sua concepção de vida e a faria refletir sobre todos os seus sentimentos.
Então, trazendo um tema relativamente complexo e difícil de abordar, a narrativa busca uma abordagem sutil e artística para apresentar todas as questões envolvidas pela personagem. Questões essas que vão de ansiedade, depressão e momentos mais sociais que a repreendem de viver uma vida tranquila. Porém, a obra nos direciona de uma forma que não aciona gatilhos e leva com uma certa leveza.
Pontos positivos
A direção de Rachel Lambert é sem dúvidas o ponto crucial para que essa trama funcione de uma forma leve mesmo que traga alguns temas pesados. Assim, com conceitos de arte para todos os pontos abordados, temos momentos magníficos e muito bem construídos pela direção. Com isso, torna tudo aquilo uma poesia linda e conturbada de se apreciar.
Além da direção muito boa da Rachel Lambert, a atuação da Daisy Ridley entrega tudo que é necessário para fazer com que esse roteiro corra da maneira certa. Afinal, ela é uma ótima atriz e seu peso dramático é completamente reconhecido ao longo da obra e vai evoluindo com o decorrer do tempo. Assim, é super interessante observar a forma que a Daisy leva o roteiro, conseguindo dar ótimos momentos e empurrar a obra até o fim.
Pontos negativos
Porém, como infelizmente nem tudo é ouro, o filme em certo momento parece se perder um pouco de sua principal proposta. Isso faz com que a experiência fique um pouco arrastada.
Mesmo que o longa seja relativamente pequeno, a sensação de que algumas coisas poderiam ter sido cortadas ou até mesmo abordadas de outra forma fica e permanece com certa convicção de todo o andamento.
Infelizmente, isso acaba afastando um pouco a sua atenção. Mesmo assim, não chega ser o suficiente para desinteressar de vez e perder a vontade de concluir o filme.
Conclusão
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Por fim, Às Vezes Quero Sumir é um longa que impressiona. Principalmente com a forma que traz temas que são extremamente difícil de abordar em obras cinematográficas. Abordando assuntos muito delicados e que na sua maioria das vezes não bem feitas, Rachel Lambert consegue se impor na história e cria um filme extremamente único que com o impulso da Daisy, torna a narrativa ainda mais especial.