É fato que a CAPCOM vive uma ótima fase, não é mesmo? Franquias como a de Resident Evil e Monster Hunter trazendo ótimos jogos, Street Fighter 6 não poderia ficar de fora. E foi o que aconteceu em mais um capítulo dessa saga épica de combates!
Ressalto logo de cara que minha crítica é com base no modo World Tour, Arcade e algumas jogatinas no Competitivo. Não tenho experiência com o cenário de eSports das lutas (e nem acompanho os EVOs da vida); então, passarei a impressão de um jogador mais casual – mas que adora uma porradaria, algo que Street Fighter 6 está cumprindo muito bem este papel.
Construindo uma Nova Jornada com o Modo World Tour
O que mais me chamou a atenção em Street Fighter 6 e que mais me empolgou, é com o modo World Tour. Por aqui, somos convidados a criar nosso próprio avatar e embarcar em uma jornada pelo mundo de Street Fighter. É uma experiência única, cheia de NPCs, batalhas simples (algumas desafiadoras) e encontros com lutadores lendários da franquia.
A sensação de voltar a jogar um Final Fight, principalmente pela referência a Haggard, o prefeito da Cidade que estamos, de poder interagir com Ryu, Chun-Li, Ken, e muitos outros ícones de Street Fighter é verdadeiramente nostálgico. Eles assumem o papel de mentores, compartilhando suas técnicas e habilidades conosco.
A progressão no World Tour demora cerca de 12h a 15h, variando a forma como você faz as missões e se procura fazer todas as secundárias. Para pessoas não acostumadas com jogos de luta, que é quase o meu caso, é uma ótima pedida para treinar combos, movimentos e conhecer os novos personagens da franquia.
Um ponto que me incomodou, é de que o modo World Tour pode se tornar um pouco repetitivo após enfrentar os mesmos NPCs ao longo da jornada. Não vou mentir: as missões são simples em meio a um roteiro bem superficial, ainda sim, melhor do que vemos em muitos “modo história” de outros jogos de luta.
Fighting Ground cheio de opções!
Por outro lado, para aqueles que buscam uma experiência mais tradicional, o modo Fighting Ground de Street Fighter 6 é uma escolha para quem busca as opções tradicionais do jogo, como o Arcade.
Embora a história seja simples (e que cruza com os acontecimentos do World Tour), o foco está na jogabilidade fluida já conhecida da franquia e com possibilidade de escolher entre 18 personagens. Escolher seu personagem favorito e enfrentar uma série de desafiantes é uma experiência clássica que nunca decepciona!
O jogo está repleto de conteúdo extra e desbloqueável, e acontece também pelo Fighting Ground, com missões específicas, modos especiais e com regras modificadas para o gameplay local. Uma dica para quem joga no PC: não exagere nos efeitos e calibre bem as configurações para sua placa de vídeo. Apesar de reconhecer que a RE Engine possui boa otimização em grande parte dos jogos lançados pela CAPCOM, o foco é deixar a play mais “lisa” e fluida possível no Arcade – sem falar no competitivo.
Como está o ONLINE do jogo?
Ainda dentro de tantas opções de pancadaria, temos o tão temido – por mim – ONLINE. É aqui eu vamos testar nossos conhecimentos de técnica contra seu amiguinho ou aleatório de outro país. A experiência é intensa, difícil, mas sempre gratificante, seja no Casual ou no Ranqueado.
Assim também, na primeira vez que acessamos, é possível escolhermos o nível que achamos que nos encontramos; no meu caso, foi o ROOKIE, o pior dos três. Assim, começo na base da pirâmide das ligas ranqueadas, que são oito no total: rookie, ferro, bronze, prata, ouro, platina, diamante e mestre. Ainda dentro delas, cada liga conta com cinco classificações diferentes, como “super ouro”. Para subir de liga, precisamos vencer partidas ranqueadas coletando PL (Pontos de Liga), definida pelo número de vitórias que conseguir.
Detalhe importante: as ligas são individuais para cada personagem. Cada um que você escolher, você deverá calibrar seu nível, o que possibilita mais variações no competitivo e você não sacrificar PL por querer conhecer ou treinar com um personagem novo.
Ao meu ver, por ora e nos últimos anos, a união do netcode de rollback e suporte a crossplay entre todas as plataformas, Street Fighter 6 traz a melhor experiência de jogos de luta que já vi, o que deve resultar numa comunidade forte e um cenário competitivo capilarizado e extremamente popular – é o que espero!
A Capcom Acerta Novamente!
Acima de tudo, Street Fighter sempre foi a ponta de lança dos jogos 2D de luta, e não foi diferente com SF6, na verdade, melhor, principalmente com adições importantes de acessibilidade e de estilo de controle para a galera mais nova que não se adapta ou não curte o modelo Classic, mais focado para os jogadores dazantiga, como no meu caso – mas que ainda é PÉSSIMO em jogos de luta hahaha.
Outra mecânica interessante foi com o sistema de Drive, que dá mais swing ao combate e aumenta o leque de tomada de decisões, fazendo com que os figurões do competitivo treine e renovem manobras antigas.
Em última análise, Street Fighter 6 é uma obra-prima dos jogos de luta. Com jogabilidade refinada, variedade de modos e foco na competição, é difícil não se apaixonar por esse jogo. Embora o modo World Tour pudesse oferecer uma narrativa mais envolvente e uma presença mais marcante dos personagens icônicos, isso não diminui o impacto geral da experiência.
Desse modo, a Capcom mais uma vez acertou em cheio, oferecendo uma experiência de jogo acessível para jogadores de todos os níveis de habilidade. Seja você um fã casual ou um veterano ávido, há muito para desfrutar em Street Fighter 6. Então, prepare-se para entrar na arena, aprimorar suas habilidades e vivenciar combates memoráveis. Esta é uma jornada que todo fã de luta não pode perder!