Olá, pessoal, Chell aqui! Venho hoje trazer o Primeiro Gole do anime Sekkou Boys, animado pelo estúdio LIDENFILMS (Arslan Senki, Terra Formars, Yamada-kun to 7-nin no Majo), que tem sido considerado um dos mais engraçados da temporada, e por um bom motivo: é um anime no qual uma jovem garota torna-se responsável por fazer bustos de gregos famosos falantes virarem idols na indústria do entretenimento do Japão contemporâneo.

Oi? Quê? Como Assim?

Isso mesmo, você que ainda não sabia do que se tratava esse anime não leu errado. Sekkou Boys, que só pela sua premissa já era um dos favoritos da temporada de muitos – afinal, o que é mais zoado do que bustos greco-romanos falantes tornando-se idols? – tem um formato curto, de 7 minutos por episódio, que mas a premissa boba revelou um primeiro episódio surpreendentemente engraçado, com um humor mais inteligente do que eu esperava, sinceramente, e uma boa dose de cultura inútil.

O primeiro episódio abre com uma apresentação que eu chamaria de “digna de Uta no Prince-sama, e perceber esse paralelo me fez rir muito. Eu preciso abrir um parênteses aqui para me referir a algo que nem tantas pessoas sabem – apenas aquelas que já acompanhavam temporadas de anime em 2011 e eram, digamos, bravas o bastante para assistir o primeiro episódio de UtaPri sabem: Quando UtaPri foi lançado, e o primeiro episódio abriu com uma apresentação super colorida e fabulosa de um grupo masculino de idols (no mínimo extravagantes, porém tinham muitas garotas gritando no anime), diferente de tudo que já tinha sido visto em anime até então (lembrem-se que não existia nem Love Live! em 2011, e anime voltado para garotas com uma animação e cores bonitas era algo de outro mundo, quanto mais de um grupo masculino!), todos os espectadores foram ao delírio. Com a beleza da animação, sim, mas também porque era ridículo, e ridiculamente hilário. Bem… o ano é 2016, as coisas no mundo só se tornaram mais ridículas e mais esteticamente atraentes desde então, e agora o que temos na primeira cena de Sekkou Boys é: um grupo masculino de bustos de personalidades greco-romanas falantes em uma apresentação super colorida e fabulosa, com muitos brilhos e muitas garotas gritando. Assim começa o primeiro episódio de Sekkou Boys. Isso provavelmente não foi uma referência tão específica, já que essas aberturas já se tornaram um clichê de anime de idols, mas perceber isso ao assistir o episódio me fez rir muito. (E talvez eu só esteja compartilhando porque posso encher linguiça aqui, afinal o episódio teve *sete* minutos.)

Um pouco mais sobre a trama… 

Pois bem, a história apresentada no primeiro episódio é a seguinte: uma jovem, de nome Miki Ishimoto, é a mais nova funcionária da empresa Holbein Entertainment Inc. A jovem super motivada chega na empresa, que era muito menor do que ela esperava, e já é apresentada como a nova gerente ao chefe. E o chefe pergunta: o que você, uma recém-formada em Artes, acredita que tem em termos de força de vontade e vigor? E ela conta então sua história de dificuldades e drama na sua trajetória em escolas de Arte… em cada escola que passava, ela só podia desenhar uma coisa: esculturas.

Esculturas de diferentes formas e tamanhos, reprodução de esculturas, esculturas, esculturas. Era tudo que ela era ensinada a fazer nas escolas, mas não era isso que ela queria: o que ela queria era desenhar pessoas, mas as esculturas simplesmente surgiam. É muito engraçado vê-la contando isso, especialmente para quem já estudou desenho realista alguma vez na vida, e entende o que é a frustração de ficar copiando incansavelmente até aperfeiçoar as formas quando o que você mais quer é criar. De verdade, achei incrivelmente identificável – mesmo nunca tendo estudado formalmente arte, já aprendi algumas coisas, e levando em conta como Arte é um ramo popular no Japão, creio que muitos espectadores devam se identificar. Enfim, ela diz que aprendeu a ser perseverante por conta dessas experiências, e está pronta para tudo no ramo do show business, um ramo que move corações de verdade de pessoas de verdade!……Menos gerenciar um grupo de idols-estátuas falantes.

Bem, isso não é nem um spoiler, mas ainda assim é muito engraçado ver a cara esperançosa da garota, ao imaginar que vai gerenciar um grupo incrível de idols bonitões, ser ryca e phyna na indústria do entretenimento… se esvaindo e se transformando em um verdadeiro surto ao se deparar com estátuas falantes. É simplesmente genial. Sekkou Boys é genial porque a situação apresentada, ainda que de forma é comédica, é bem realista na sua caracterização (abraço pros geração Y com mais de 20 anos que estão lendo isso aqui agora, já passaram por uma crise profissional e sabem do que eu estou falando!), mas traz uma “solução” fantástica e cômica (estátuas falantes) como o cúmulo do desespero, que convence a protagonista a enfrentar seus monstros pessoais. O fato de ser uma situação fantástica traz uma leveza pra comédia, mas nem por isso ela é bobinha demais.

Bem, em síntese, eu gostei demais do que vi nesse episódio, confesso. E nos três episódios seguintes que já assisti também. E mais do que gostar, eu achei muito bom de verdade. Tanto em termos de enredo quanto do tipo de comédia – que não é aquela comédia japonesa demais para nós, espectadores ocidentais, nem completo nonsense, nem cult demais… é bem razoável, e talvez isso não seja bom para todos os espectadores, mas acho que isso tende a torná-lo mais popular. A animação é razoável para um anime curto de um estúdio não tão grande, e eu gosto bastante da música de encerramento, que é bastante divertida. E, claro, não podemos esquecer do fato de que as estátuas são dubladas por alguns dos grandes dubladores desse universo dos produtos de bishounen feitos pra garotas, como meus queridíssimos Jun Fukuyama, Ono Daisuke e Tomokazu Sugita. Esse fato só melhora, claro, tanto a comédia quanto a qualidade técnica do anime.

Por fim, queria agradecer a quem leu até aqui! Por favor, deixem nos comentários o que estão achando desse anime, se estão curtindo, se faltou falar alguma coisa e etc. Muito obrigada, e até a próxima!~ ?

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