Muitas vezes os estúdios independentes dão o sangue – ou apostam tudo – para a produção de um jogo. Com a Moon Studios não foi diferente e pelo que pareceu neste início de jogatina, a empresa transpirava inspiração e criatividade.

Inspirador

Ori and the Blind Forest saiu no último dia 11 de Março para Xbox One e PC e uma versão para 360 sairá até o fim do ano. O game de plataforma tem muito de Metroid, vide o mapa, exploração e design de fases. Dá pra citar Castlevania também, principalmente os de SNES e GBA, unindo alguns elementos de RPG. Não dá para não lembrar de Megaman e a necessidade de calcular cada pulo seu ou zigue-zaguear de parede em parede para conseguir aquele item nos cafundó do joca.

Logo de cara, ao instalar e jogar pela primeira vez, a sensação é de tranquilidade com a música que se ouve já nas apresentações das empresas. Este mesmo sentimento fez-me lembrar de Child of Light, se por um lado este último era uma poesia em verso, este em, prosa. Com toda certeza, quem curtiu o game da Ubisoft, vai curtir muito este aqui!

A Floresta

Não vou estragar a surpresa dos acontecimentos do prólogo e deixo que vocês curtam mais quando jogarem.

Quando o jogo começa, você dá de cara com uma floresta sem brilho, sem vida e cheia de perigos iminentes. A floresta já não é mais a mesma e a luz se fora. Tudo isso por causa de que Kuro, o pássaro maligno roubou e destruiu a luz da árvore de Ginso. A única saída da grande árvore é transferir o pequeno fragmento de luz que sobrara para uma criatura…

Esta criatura é a qual você controla, Ori. Agora como uma espécie de guardião da floresta, a árvore dá a dura missão de restaurar a beleza e vida que a floresta de Nibel já tivera. O porém é que Ori no início é uma criatura frágil e na floresta, nada é conseguido de mão beijada. Para mais habilidades, experiência e itens devem ser adquiridos e você como espírito guardião, consegue “absorver” globos de energia para se curar, lançar magias e até mesmo salvar o jogo.

Conforto

Sabe aquela sensação de quando jogou Zelda ou Chrno Trigger pela primeira vez? A Moon Studios fez um belíssimo trabalho em combinar diversos elementos “clássicos” do mundo gamer, numa jogabilidade simples, música cativante e narrativa poética, mas efetiva. Em diversos pontos de sua campanha de jogo, suas habilidades serão testadas. Sim, as suas… já que você terá de ter reflexos rápidos para unir as diversas habilidades de ori para não morrer ou poder passar de um local.

Até o presente momento não há o que falar de modo negativo do game. O pessoal mais novo pode reclamar do esquema de save, pois um dos modos é de você “escolher” o local para salvar e para isto, é necessário um “globo de energia”. Algo interessante: O game grava e MOSTRA quantas vezes você morreu. Isto pode ser interessante para ranquear entre seus amigos 😛

Experiência

É difícil recomendar o game para os amantes do adventure de plataforma ou 2d-side-scrolling-action/rpg. É mais fácil recomendar pra TODO mundo. Além dos elementos de outros jogos já citados – que a própria empresa diz que teve referência – a galera que pira em filmes de animais da Disney e do Studio Ghibli, vai se identificar com a narrativa.