Fala galera. Hoje teremos nossa primeira entrevista com uma editora, a NHQ – Núcleo Quadrinhos.

Conhecemos Adriano Gon, responsável pela editora em um dos eventos do circuito Avalon no interior paulista e adquirimos a revista One Shot Mangá BR #1, com duas histórias bem bacanudas, que em breve vamos postar um REVIEW por aqui.

Com a ideia de valorizar ainda mias o mercado nacional de mangás e também seus autores, o Núcleo Quadrinhos é uma editora que se dedica arduamente para dar o valor necessário aos autores nacionais e com seu trabalho lançado.

“Os selecionados do Concurso de Mangá Nacional são remunerados por seus quadrinhos e recebem total apoio na distribuição, divulgação e edição”

Com suas palavras, apresente um pouquinho o projeto NHQ?

A NHQ, Núcleo Quadrinhos, surgiu em 2008 da necessidade de espaço para apresentar de forma gratuita e online quadrinhos brasileiros que nessa época não tinham tanto espaço e tantas formas de se propagarem Brasil a dentro.

Hoje, a NHQ é uma editora ainda 100% nacional que busca espaço nesse mercado tão difícil e que se fechou com o surgimento das redes sociais e vários coletivos de quadrinistas que oferecem gratuitamente material para download ou mesmo leitura online.

One Shot Mangá 1
One Shot Mangá #1 (Capa Divulgação)

Quais as principais metas do NHQ?

As principais metas da NHQ são as mesmas que qualquer outra editora/empresa: crescer e alcançar o maior número de leitores, apresentando e publicando o maior número de quadrinhos nacionais possível.

Como surgiu a ideia do Concurso Mangá Nacional?

Da necessidade de valorizar o artista nacional, pagando, mesmo que pouco e não o que achamos que realmente valha, o serviço de quadrinistas de qualidade que estão fora do mercado por causa da falta de espaço criado pelas grandes editoras.

Os selecionados do Concurso de Mangá Nacional são remunerados por seus quadrinhos e recebem total apoio na distribuição, divulgação e edição.

O que acham do mercado nacional? Ainda tem muito espaço para ocupar e crescer?

Diferente do que muitos cantam aos sete ventos, não existe um mercado de quadrinhos sólido em nosso país há mais de vinte anos. E ainda está longe para atingirmos e realmente podermos dizer que definitivamente temos um mercado de quadrinhos.

“Treino, persistência e muita determinação e objetivo em tudo que vocês fazem e produzem”

Não adianta você vender em eventos se o público não é fiel e não gera retorno financeiro para novas publicações. Se for mercado de quadrinhos online, as webcomics, esse está estabilizado, porém, ainda é sustentado por amor. E as vezes, isso não é o suficiente.

Qual a principal diferença que vocês acham que o mercado nacional tem com o internacional? 

Os leitores e a sua forma de ver os quadrinhos.

Qual conselho você daria para os novos mangakas, que sonham em ter seus quadrinhos publicados?

Treino, persistência e muita determinação e objetivo em tudo que vocês fazem e produzem. Ninguém irá saber que você existe se ficar esperando uma editora te publicar.

Hoje, temos várias formas de se chegar aos leitores e os mais interessados, buscam desenvolver sites para disponibilizar suas HQs e páginas em redes sociais para atingir o maior número de leitores. Só assim, fazendo barulho, sem vergonha, é que as editoras e os editores poderão te achar. E números (vendas/leitores/curtidas) são muito importantes.

Tem alguma novidade da NHQ que pode revelar pra gente? O que podemos esperar para os próximos meses?

Nota do Editor: O financiamento já terminou no Catarse e mesmo com a meta não atingida, o volume One Shot Mangá BR #2 saiu.

Como todos estão vendo, começamos uma campanha de financiamento coletivo no Catarse para o lançamento da One Shot Mangá BR#2, com dois participantes do primeiro Concurso de Mangá Nacional.

A campanha vai até o começo da segunda quinzena de Janeiro e contamos com o apoio de todos. Fora isso, ainda estamos em negociação com outros artistas para lançamentos de títulos próprios da editora. Aguardem novidades para 2016.

one shot mangá 2
One Shot Mangá #2 (Capa Divulgação)

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