Mais uma animação da Temporada de Inverno 2015 e com uma série que vem ganhando cada vez mais popularidade, Junketsu No Maria ou Maria, The Virgin Witch. A obra apresenta diversas temáticas históricas (A Guerra dos Cem Anos), fantasia (Bruxas e Anjos) e algumas pitadas de comédia e ecchi, este último e pelo que se viu no primeiro episódio, nada que atrapalhasse a trama.

Com uma boa popularidade na revista Good!Afternoon da Kodansha, a serialização do mangá gerou 3 volumes entre 2008 e 2013 e no último ano, ganhou uma novo volume – e único – Junketsu No Maria: Exhibition, ambos feitos pelo mangaká Masayuki Ishikawa.

Não demorou muito para que a Production I.G. visse um potencial na obra e fizesse a animação com direção de Gorou Taniguchi (Code Geass) e roteiro de Hideyuki Murata (Excel Saga, Grisaia no Kaijutsu, Hellsing).

A Guerra dos Cem Anos

O enredo é focado em Maria, a bruxa mais poderosa de sua geração. Ela não gosta de guerras, violência e sempre buscou isso em sua região. Isso acarretou em ela atrapalhar todas as guerras e combates, em específico a treta entre França e Inglaterra, mais conhecida como ‘A Guerra de Cem Anos’.

Quanto a este contexto histórico, vamos lá: Apesar de dos ‘100 anos’, a guerra na verdade durou 116. O enredo do anime se passa no quarto período e último desta guerra, este um dos mais emblemáticos, já que é conhecido pela história de Joana D’Arc, onde uma parte do norte da França e seu extremo oeste, ainda estavam com a ocupação inglesa. Mesmo não sendo totalmente o foco da animação, é interessante alguns pontos históricos do anime, bem como a guerra influenciava nas famílias e na vida dos camponeses.

A Virgem Maria… Bruxa

Se você ler algumas sinopse aí pelas interwebs, já vai dar de cara com spoilers que remontam ao terceiro episódio. Mas bem, tentarei focar apenas no primeiro episódio. Maria, vive afastada das cidades e muitas vezes se passa por uma velha ranzinza – o jeito clichê de bruxa – apesar de ser uma linda garota com brincos de bola vermelha de árvore de natal. É interessante esse fato de uma “bruxa não gostar de guerras”. O que será que o anime que dizer com isso? Maria teria um passado para explicar sobre isso?

O poder de Maria é devastadoramente grande e ela é capaz de criar entidades/familiares como Súcubos e Incúbus, a fim de recuperar toda sua energia mágica, sempre que quiser. Para quem não sabe e dentro do contexto de Junketsu no Maria, estas criaturas são criadas para cupular com os homens, a fim de sugar sua energia vital. Logo, as Súcubus, figuras femininas atacavam os homens de opção heterossexuais e os Incubus, os homens de opções homossexuais.

Apesar de todo apelo ecchi da animação, é de se esperar que o telespectador tenha alguma familiaridade com os temas abordados, e de que ele não é um simples anime de fantasia “sexual”. Afinal, a sexualidade é intrinsecamente ligada com as questões de magia e ocultismo, logo, das bruxas.

Polêmicas e Dinâmicas 

Para não delongar nestas primeiras impressões e deixar um material mais interessante numa review futura, voltamos a dinâmica do primeiro episódio. Como dito, foi produzido pela Production I.G. e não foi a “toda força”. Vê-se algumas economias, principalmente em algumas cenas de batalha. Mas no geral, a animação funciona muito bem, principalmente no tratamento com fogo e água.

Outra questão é quanto a religiosidade. Se você procura por um anime puritano ou é muito religioso, pode ser que Junketsu No Maria possa te afetar de alguma forma. Já quanto ao ecchi, não há cenas de nudismo, porém há diversas insinuações e diálogos um tanto quanto “ousados”. Mas voltando: Tudo é utilizado dentro do contexto que a série se propõe e nada muito prejudicial. 

Concluindo: Junketsu No Maria tem potencial para ser uma boa série da temporada e não destaque, o que seria uma grande surpresa!