Já comentamos um pouco sobre o enredo de iZombie em nosso PRIMEIRO GOLE e com isso, tentaremos abordar um pouquinho mais dos conceitos que a trama passou nesta primeira etapa com 13 – TREZE – episódios.

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Como já exposto no subtítulo, podemos considerar que iZombie vem como uma série descompromissada com o gênero zumbi. Mas já adianto que mesmo tendo uma veia cômica evidente, ela segura as pontas e não chega ao trash True Blood, por exemplo.

Um Descompromisso?

A questão do descompromisso é quase uma desconstrução desta “bolha” zumbi que acabamos criando, principalmente durante os últimos 10 anos.

Temos um apelo gore; um romancezinho; brainnsss, mas tudo com doses controladas à fim do destacamento da dinâmica do roteiro, este, com toda certeza, o ponto alto da série.

Em poucas palavras: Apocalypse Z ainda está longe do contexto da série; Pelo menos nesta primeira temporada.

iZombie
iZombie (Poster Divulgação)

Liv Moore

Desde que o anúncio foi feito de que iZombie seria adaptado pelo criador de Veronica Mars, Rob Thomas, meus olhos brilharam. Eu tinha quase certeza que o cara iria trabalhar muito bem com relação da construção de personagens da forma mais natural possível.

Em iZombie não foi diferente e apesar de conhecermos uma “nova Liv” todo santo episódio com suas personalidades temporárias, um pouquinho daquela Liv humana, de seis meses atrás também veio sendo trabalhado episódio-a-episódio.

A cada véu de cortina aberto, surpresas e aquela paixonite platônica que temos pela personagem, aumenta e uma das culpadas é a própria atriz Rose Mclver, e que desculpem pelo trocadilho, vivencia com primor Liv Moore.

Círculo de Personagens

Apesar de termos alguns núcleos durante a série, abordando casos paralelos de cada personagem, iZombie é centrada em Liv. Talvez na segunda temporada, possam trabalhar mais outros personagens como o próprio companheiro de necrotério Ravi e um pouquinho mais do policial Babineaux, que diga-se de passagem, quando divide cena com Liv… o cara “desaparece”.

Acho que o mais interessante na série são alguns vilões e anti-heróis que acabam aparecendo nos ‘Criminal Cases’. Ainda que a série seja de zumbis, a fantasia meio que para por aí e não temos uma abordagem de casos tão fantasiosos. São crimes que remetem à um simples homicídio ou mesmo atropelamentos.

iZombie
Rose Mclver como Liv Moore em iZombie (Imagem Divulgação)

Arco Criminal

Não sou fã de séries policiais ou CSI da vida. Se você é, ótimo! Se você não é, não tem importância! O que acontece e o que já fora citado, é como a trama e o roteiro é bem fechadinho.

Basicamente, o episódio começa com um caso de homicídio onde Liv e Ravi devem averiguar e fazer o trabalho de legistas. Nessa que ela come o cérebro da pessoa, adquire as memórias e parte para a resolução do caso com o policial Babineaux.

Com o plano de fundo moldado, os roteiristas começam a entrelaçar TODOS os personagens no episódio de alguma forma – tudo bem que não há muitos – dando um pouquinho de destaque pra um ou outro com o passar da trama.

Com essa narrativa orgânica, direta e sem “fillers“, deixa a série extremamente dinâmica e divertida de se ver.

iZombie
Rose Mclver como Liv Moore em iZombie (Imagem Divulgação)

Universo Vertigo + CW

Apesar da série te dar algumas dicas de que está no universo DC, não acho que ela fará parte do universo CW das séries, como acontece com Arrow e Flash.

Ela pode se manter sozinha, sem nenhum problema e talvez até melhor que isso não aconteça. Se alguém que lê os quadrinhos, souber de algum crossover que rola, falem aí nos comentários.

Ainda na questão de ser da linha Vertigo DC, além do roteiro ser muito bem construído, podemos também falar um pouco dos diálogos da série.

Mesmo que o público alvo seja algo “teen” + “jovem adulto”, a quantidade de referências e trocadilhos – até com outras séries – dá uma profundidade bacana para os textos, e claro, para as personagens.

iZombie HQ
Liv Moore dos HQs (Imagem Divulgação)

Design Atípico

Voltando naquela de ser uma série descompromissada, iZombie pode trabalhar além do feijão com arroz das séries norte-americanas. T

emos diversos contextos da meta-linguagem, onde até mesmo tiram sarro de séries de zumbi, temos a inserção de quadros animados na troca de cenas, próximo a algo que vemos no filme de Scott Pilgrim.

Talvez nesta questão de proximidade com o quadrinho, com a mídia HQ, iZombie possa estar mais perto e não força a barra.

Viva Mais

Com cliffhangers interessantes, estamos curiosos para saber o que rolará – além de cabeças – na segunda temporada.

Com relação ao que foi dito em nosso PRIMEIRO GOLE, retiro a proximidade que a série tem com Tokyo Ghoul. Não sei se de fato o fã de uma curtirá a outra, mas posso garantir que se você procura por uma série divertida, “linguagem jovem-inteligente” e sobretudo, sobre zumbis, você vai gostar! Liv Moore <3

 

REVIEW
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BELLAN
O #BELLAN é um nerd assíduo e extremamente sistemático com o que assiste ou lê; ele vai querer terminar mesmo sendo a pior coisa do mundo. Bizarrices, experimentalismo e obras soturnas, é com ele mesmo.
izombie-reviewOlivia "Liv" Moore (Rose McIver) tinha bochechas rosadas, era disciplinada, médica residente com sua trajetória de vida completamente traçada... até a noite em que ela foi a uma festa que transformou-se, inesperadamente, em um frenesi zumbi. Agora, transformada em morta-viva, ela conseguiu um emprego no departamento legista para ter acesso aos cérebros de que deve se alimentar para manter sua humanidade. Mas, a cada cérebro que ela consome, ela herda a memória que nele habitava.