Doka
    Doka
    Bibliotecária, especialista em conservação de histórias em quadrinhos, pesquisadora na área de educação, princesa da Disney e apaixonada por Sailor Moon a mais de 20 anos.

    EXPERIMENTE TAMBÉM

    Euphoria (Visual Novel) | Review

    Visual Novel são uma febre tanto no oriente quanto no ocidente. Esse modelo de jogo com alternativas, rotas e múltiplos finais (dependendo das suas escolhas) já abraçaram os mais diferentes enredos, mas quando se trata de narrativas bizarras e criativas, não tem ninguém que produza melhor do que o Japão.

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    Euphoria é, assim, uma visual novel que eu conheci a cerca de um ano e estava abandonada entre os meus jogos. Resolvi a pouco tempo experimentar a jogatina que era marcada com +18, e mais de 20 horas de jogo depois eu posso afirmar que era TUDO menos o que eu esperava.

    Harem Eroges?

    Quando falamos em Eroges (visual novels com conteúdo erótico) a primeira coisa que eu penso são nas tramas comuns de um garoto em meio ao seu harém tendo que escolher a garota com quem ele vai passar seus dias felizes, bom, Euphoria é um eroge, e há um harém de garotas, mas não há nada de feliz em sua trama.

    Para começo de conversa o jogo pode ser dividido em duas fases, a primeira fase é ambientada em um cenário único e repetitivo onde são realizadas “missões”, esse cenário é igual para qualquer rota que você optar por seguir.

    A segunda parte, porém, pode se dividir em diferentes ambientes que variam entre uma escola, selva, praia ou caverna assustadora, e essa parte depende exclusivamente das suas escolhas anteriores.

    A trama é construída a partir de um protagonista que acorda em uma misteriosa sala branca, sem memórias de como foi parar ali. Avançando, ele percebe que está nesse estranho ambiente com colegas de classe e sua professora, todos (incluindo ele) usam coleiras metálicas.

    Em pouco tempo uma voz robótica anuncia que eles foram escolhidos para realizar um experimento, e que a única chance de sair de lá vivo é cumprindo as tarefas que são dadas. A certa quantidade de horas uma nova sala é liberada, nessa sala nosso protagonista deve escolher uma das jovens para acompanha-lo e executar as instruções, se executadas, uma nova porta se abre e todos podem prosseguir e ficar mais perto da saída daquele pesadelo.

    Você acha que tem o que é preciso para sobreviver a esse desafio?

    O jogo pode ser encontrado na internet legendado em inglês, porém, não está disponível para aquisição na steam, ou outra plataforma. A trama pode gerar muitos finais diferentes uns dos outros, e boa sorte para tentar conseguir o true ending, esse é o único que está faltando para mim e eu ainda não entendi como posso consegui-lo.

    Euphoria é um jogo chocante, com cenas de sexo, tortura física e psicológica. Ele vai muito além dos limites convencionais e pode ser considerado desagradável para audiências mais sensíveis, porém, se você for um fã de Visual Novels, eroges e de tramas misteriosas, pode ser que encontre (assim como eu encontrei) um jogo interessante que te faz refletir sobre muitos aspectos da natureza humana e do “correto” em nossa sociedade.

    Jogue com mente aberta e surpreenda-se! 

    Sem revelar muito para não estragar a surpresa, jogue com a mente aberta e surpreenda a si mesmo com as revelações. Torça (muito mesmo) para conseguir algo que se aproxime de um final feliz (eles existem, escondidos entre as rotas) e se você gostar da experiência procure a adaptação animada da série que foi lançada há algum tempo.

    De resto, esteticamente o jogo é muito bonito, com um traço carismático das personagens, excelente dublagem, muitas opções de imagens (e sons) colecionáveis no jogo e bastante intuitivo. Uma obra desconcertante e terrível, que perturba, mas agrada também.

    Doka
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    Bibliotecária, especialista em conservação de histórias em quadrinhos, pesquisadora na área de educação, princesa da Disney e apaixonada por Sailor Moon a mais de 20 anos.

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