Megu
    Megu
    Uma eterna aprendiz da vida e um poço de curiosidade. Fascinada por seres humanos.

    EXPERIMENTE TAMBÉM

    A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell | Review

    Admito que escutei muitas coisas sobre A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell. Expectativa boas, que diziam-se otimistas na verdade. Expectativas negativas, bem negativas, especialmente. Da minha parte, a pré-concepção que eu tinha de adaptações para filmes de animações japonesas era principalmente de receio – vide “Avatar: A Lenda de Aang”, Dragonball Evolution, dentre outros. Eis que me surpreendi.

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    Adianto a vocês que me surpreendi pois o filme conseguiu ter um quê de originalidade, mas também permaneceu fiel e foi um tanto quanto versátil. Combinando o roteiro bem adaptado, que não esqueceu suas raízes, com efeitos incríveis e uma proposta digna de universo cyberpunk, digo que como um todo “Ghost in the Shell: A Vigilante do Amanhã” foi uma ótima surpresa.

    Mensagem: A moral por trás

    Ademais, o filme trata de embates importantes, que em especial me interesso bastante. Mais que uma história, a mensagem e a crítica por trás foram trazidas da obra com veemência. Posso ser suspeita para falar pois não sou exatamente uma conhecedora profunda do anime e do mangá original. Não obstante, minha visão se constitui a partir da minha paixão por séries japonesas, ficção e steampunk – outra ramificação da ficção científica – em particular. Por isso, enfatizo que meu REVIEW  tem uma visão direcionada para o filme em si e a mensagem por trás dele, além – é claro – de como ela foi transmitida.

    Medo: o “trauma” de adaptações

    Imagino que como muitos otakus, fãs de animes e mangás possuem esse mesmo receio. Bem, pois fiquem tranquilos quanto a tal aspecto. Não houve um assassinato a obra ou, muito menos, uma banalização – na falta de um termo melhor – dela. O tom de seriedade permanece do início ao fim.

    É um filme fechado, com começo, meio e fim. O enredo não deve surpreender aos fãs da obra, nem a fãs de cyberpunk ou sci-fi no geral. Porém, reafirmo que os efeitos são surpreendentes, com uma beleza exótica – para uns – em um misto de tecnologia, oriente e ocidente. A veia japonesa foi particularmente ressaltada. Não digo que o viés cultural foi explorado totalmente, dado que apenas um personagem no filme fala japonês. No entanto, a alma, o fantasma nipônico vibra ali – a caracterização da cidade, de grande parte dos cenários e situações que o diga.

    Seção 9 (Imagem Divulgação)

    Crítica à tecnologia: humano vs máquina

    O filme se passa em 2029, em um futuro onde implantes cibernéticos e máquinas são utilizadas para aprimorar humanos e facilitar suas vidas. Muito são a favor de tais supostas melhorias, enquanto uma pequena parte se mantém inerte – seja por falta de recursos, seja por opção. E, posteriormente, descobrimos que também há a presença de resistências. (Nossa, que surpresa Megu. rs) A resistência, mas não somente ela, traz um questionamento claro – que pode passar batido, então atenção – sobre a influência e a dependência que os seres humanos criam da tecnologia. Além disso, suscita a reflexão acerca de até que ponto se tem controle de tal e o quão perigoso a mesma pode ser.

    O visual impressiona (Imagem Divulgação)

    Embates filosóficos: busca do eu

    O ápice do enredo dirigido por Rupert Sanders é a jornada de autoconhecimento da Major (interpretada por Scarlett Johansson), procurando saber quem ela é. Sendo a primeira de sua espécie, um cérebro humano em um corpo construído, a priori, ela não se identifica nem como humana nem como robô. (Aqui faço um adendo para um detalhe que achei interessante. O modo dela andar no filme tem um quê meio mecânico, por vezes de fato lembrando movimentos de um robô.)

    De início, ela não acha que deve questionar e simplesmente pede que deletem suas “falhas” – inquietações, sentimentos, memórias. Porém, com o avançar do enredo vemos que nossa querida Major saí de tal posição passiva em relação a si.

    Outros temas dignos de menção são questões que dizem respeito à ideais de beleza e justiça, privacidade, objetificação de indivíduos, dependência e relações pessoais – virtuais ou não.

    “Quem é você, afinal?”

    Por fim, saí da sessão com essa questão em mente e devolvo elas à vocês. Quem são vocês? Você se conhece? Qual é seu passado? Acha que ele define seu caráter?

    Então, proponho um brinde a(o) amanhã! E a nossa vigilante, a excelentíssima Major e sua equipe!

    Ps: Quem quiser compartilhar reflexões e inquietações sobre as questões propostas fiquem a vontade!

    Megu
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    Uma eterna aprendiz da vida e um poço de curiosidade. Fascinada por seres humanos.

    EXPERIMENTE TAMBÉM!

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